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Anônimo(a)

Versos Intimos (Augusto dos Anjos) interprete?

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Gostaria de uma interpretação do que este poema se trata.

Abrass.

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2 Answers

  1. Olá amigo!
    O Poema é de um poeta paraibano de Pau d’Arco e morto em Leopoldinaa-MG, prematuramente. Trata-se de um poeta singular na nossa literatura e seus versos são sempre repletos de dor, morte e técnica apuradíssima.
    O Título do poema, por si só, já nos transmite a idéia de que os versos tratam-se de conceitos próprios do autor, “íntimos”, no caso, com relação ao Amor.
    A 1ª Estrofe do poema diz:
    Vês! Ninguém assistiu ao formidável
    Enterro de tua última quimera.
    Somente a Ingratidão – esta pantera –
    Foi tua companheira inseparável!
    Os versos dizem da ilusão não assistida que todos nós sofremos com relação ao Amor. A “quimera”, é sinônimo de ilusão.
    A 2ª Estrofe diz:
    Acostuma-te à lama que te espera!
    O Homem, que, nesta terra miserável,
    Mora, entre feras, sente inevitável
    Necessidade de também ser fera.
    Agora, esse mesmo homem, desiludido do “ser humano” e acaba por se adaptar ao meio em que vive (na “terra miserável”) e deve aprender a ter maldade também, a “ser fera”.
    A 3ª Estrofe diz:
    T Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
    O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
    A mão que afaga é a mesma que apedreja.
    Agora, já adaptado às mazelas do desamor, o poeta avisa:
    que o fim do amor é só uma questão de tempo por que o beijo “véspera do escarro”, ou seja, depois do Amor, virá o abandono e a depreciação; e depois do afeto e carinho, virá o apedrejamento.
    A 4ª Estrofe diz:
    Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
    Apedreja essa mão vil que te afaga,
    Escarra nessa boca que te beija!
    Por fim, diante da desilusão total, o poeta recomenda não confiar em ninguém, pois todos são maus e acabaram por “cuspir no prato que comem”. Logo, convém escarrar e apedrejar antes que o mesmo seja feito contra si mesmo.

    Esse poema mostra a desilusão total do poeta com o Amor e a humanidade.
    Espero ter ajudado!
    Asssinado: GLEISON DORNELLAS

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