Estes fatores não são determinantes, apenas aumentam ou diminuem, em diferente intensidade, a probabilidade de o indivíduo vir ou não a fazer o uso de drogas. Relaciona as colunas abaixo:
1 – Fatores de risco
__Campanhas e ações que ajudem o cumprimento das normas e leis que regulam o uso de drogas.
__Permissividade em relação a algumas drogas.
__Falta de incentivos para que o jovem se envolva em serviços comunitários.
2 – Fatores de proteção
__Reconhecimento e valorização da comunidade, de normas e leis que regulam o uso de drogas.
__Acesso fácil às drogas lícitas e ilícitas
__Oportunidades socioeconômicas para a construção de um projeto de vida.
Oi!
Há um consenso de que o uso/abuso de substâncias psicoativas é multifatorial, com implicações de fatores psicológicos, biológicos e sociais. Alguns fatores são: curiosidade, obtenção de prazer, relaxamento das tensões psicológicas, facilitação da sociabilização, influência do grupo, isolamento social, dinâmica familiar, baixa auto-estima, manejo inapropriado da mídia na questão das drogas, influências genéticas, familiares com problemas com álcool, excessiva medicamentalização da sociedade. De uma maneira geral, pode-se dividi-los em fatores internos e externos.
A curiosidade natural dos adolescentes é um dos fatores internos de maior influência na experimentação de substâncias psicoativas. Esta curiosidade os impulsiona a experimentar novas sensações e prazeres. O jovem vive o presente, buscando realizações imediatas e os efeitos das drogas vão de encontro a esse perfil, proporcionando prazer passivo e imediato. Some-se a isso fatores externos como opinião de amigos, modelagem social (mundo adolescente como produto, reprodução do mundo adulto), fácil acesso às drogas e oportunidades de uso e se tem o ambiente propício para a experimentação de drogas.
Com relação à evolução da experimentação para o uso regular e manutenção do uso, outros fatores internos estariam mais envolvidos, tais como insegurança e sintomas depressivos os quais também poderiam se relacionar com o início do uso de drogas, já que a insatisfação pessoal, a baixa auto-estima e a própria insegurança podem aumentar a curiosidade do adolescente por novas sensações e prazeres.
Outros fatores de risco ainda associados ao plano individual, são: a falta de autocontrole e de assertividade; o fracasso escolar e a falta de vínculos na escola; comorbidades (transtorno de conduta, ansiedade, depressão, entre outras); e a própria predisposição biológica ao uso de substâncias psicoativas.
Dentre os fatores externos, o modismo é particularmente importante é a influenciará na escolha do próprio estilo. Nesta escolha salienta-se a pressão da turma, o desejo de pertencer a um grupo, os modelos dos ídolos e os exemplos que tiveram dentro de casa ao longo da infância.
A escola pode apresentar situações favoráveis ao uso de drogas, entre as quais, a falta de senso comunitário e condições pedagógicas que não atendam as dificuldades de aprendizagem, propiciando o insucesso escolar. Atitudes favoráveis ao uso de substâncias pelos funcionários da escola e pelos estudantes, regras e sanções ambíguas ou inconsistentes em relação ao uso de drogas e às demais condutas dos alunos; a disponibilidade de álcool, cigarro e outras drogas em locais próximo da escola são fatores de risco no domínio escolar.
Fatores de risco podem estar também no domínio da comunidade e da sociedade em geral. Entre eles podemos citar as posturas favoráveis para o uso e abuso de drogas, a falta de conhecimento ou consciência do problema pela comunidade, serviços inadequados para jovens ou falta de oportunidade para envolvimento social, disponibilidade das drogas, carência de leis ou de controle sobre o uso de drogas, empobrecimento, desemprego e subemprego, discriminação e preconceito.
Quanto à família, esta pode ser um fator protetor ou de risco para o consumo de substâncias psicoativas. Os estudos genéticos evidenciam que filhos de pais dependentes de álcool e/ou drogas apresentam risco quatro vezes maior de se tornarem dependentes. Fatores ambientais e genéticos interagem: a hereditariedade foi maior para o abuso/dependência de cocaína, estimulantes, maconha, álcool, enquanto que os fatores ambientais contribuíram mais para o uso inicial e ocasional das mesmas.
O consentimento ou estímulo ao uso de drogas, lícitas ou ilícitas, pela família, bem como a violência doméstica ou a manifestação de expectativas irreais de desenvolvimento para a criança ou o adolescente, além da falta de supervisão e disciplina familiar, constituem fatores de risco para o consumo indevido de drogas.
Fatores de risco
•Falta de oportunidades socioeconômicas para a construção de um projeto de vida.
•Fácil acesso às drogas lícitas e ilícitas Controle efetivo do comércio de drogas legais e ilegais
•Permissividade em relação a algumas drogas.
•Inexistência de incentivos para que o jovem se envolva em serviços comunitários.
•Negligência no cumprimento de normas e leis que regulam o uso de drogas.
Fatores de proteção
•Existência de oportunidades de estudo, trabalho, lazer e inserção social que possibilitem ao indivíduo concretizar seu projeto de vida
•Reconhecimento e valorização, por parte da comunidade, de normas e leis que regulam o uso de drogas.
•Realização de campanhas e ações que ajudem o cumprimento das normas e leis que regulam o uso de drogas.
•Incentivos ao envolvimento dos jovens em serviços comunitários.
Fim