Adam Smith usava o termo ”mão invisível” se referindo a alguma divindade?caso sim quem seria?

Mão invisível foi um termo introduzido por Adam Smith em “A Riqueza das nações” para descrever como numa economia de mercado, apesar da inexistência de uma entidade coordenadora do interesse comunal, a interação dos indivíduos parece resultar numa determinada ordem, como se houvesse uma “mão invisível” que os orientasse.

Não. De forma alguma.

“De acordo com Smith, um indivíduo que busca seu próprio interesse é na realidade conduzido por uma mão invisível a obter um resultado que não estava originalmente em seus planos. Esse resultado obtido corresponderia aos interesses da sociedade”.

Uma aplicabilidade prática: Numa economia de mercado, o termo “mão invisível”, de forma simplificada, nada mais seria que a forma que Smith achou para explicar os mecanismos mercadológicos de oferta e demanda, via preços, que levariam a economia ao seu ponto de equilíbrio após algum efeito adverso.

Por exemplo: Suponha uma economia em perfeito equilíbrio consumindo um produto qualquer como o arroz. Por algum motivo a safra do arroz sofre uma enorme queda em sua produção. Essa queda leva a uma redução brusca na oferta de arroz. SEM QUE NINGUÉM TENHA QUE FAZER ABSOLUTAMENTE NADA o preço do arroz irá subir fazendo com que a demanda pelo produto caia trazendo a economia a um novo ponto de equilíbrio onde a oferta e a demana se igualem, porém a um nível de preços maiores. Isso aconteceria naturalmente no mercado e a economia encontraria seu equilíbrio como se uma “mão invisível” a levasse a tal ponto.

NOTA: De certa forma isso de fato acontece. No entanto, sou da opinião que essa máxima proferida por Smith tem suas limitações. Impactos que levem a um desiquilíbrio entre oferta e demanda E QUE NÃO LEVE A ECONOMIA A UM PONTO DEMASIADAMENTE LONGE DO EQUILÍBRIO INICIAL, podem ter seu novo ponto de equilíbrio automaticamente restabelecido pelo mercado tanto por uma queda quanto por um aumento de preços, não causando grandes problemas à economia em questão. Contudo, efeitos que extrapolem demasiadamente o equilíbrio inicial, só podem ter seu novo ponto de eqilíbrio alcançado se houver intervenção governamental, caso contrário isso poderá levar a economia a uma situação perigosa e o reequilíbrio se fazer em um ponto nã favorável e/ou demorar muito a acontacer.

No caso do exemplo acima, o governo poderia intervir de várias formas, uma delas, liberando seus estoques de arroz para sanar a queda da oferta, tabelar os preços e dar subsídios aos produtores, etc., etc., etc.

Minhas opiniões. Valeu?

Barbosa.