Marcou infância de muitos,ver desfilar paisagens lindas da Região de Ribeirão Preto,pela janela do trem.
Um parente era Chefe da Estação de Cravinhos,um paraíso.
Pena desativarem tudo,creio que financeiramente estradas e carros arrecadam mais impostos.
*Amigo Marco Antonio,tbm viajei pela Santos-Jundiai e o trecho da Serra,magnífico,
atualmente tbm desativado.Dizem que investirão em Turismo em Paranabiacaba,seria ótimo.
** Adilson e Levinop,realmente bons tempos que não voltam mais.
Realmente era necessário trocar de roupa porque chegava furada das fagulhas,rss
Qdo qproximava a cidade de Cravinhos,na curva,o trem apitava e o coração disparava de alegria,este apito até hoje ficou na memória.
Tinha um pouco de receio só na baldeação em Campinas,medo de perder meus pais,pq era “muita gente”,imagine hoje.
A geléia de mocotó que passavam vendendo,tinha um sabor especial,como disse o Levinop,tudo limpinho e com muitas ‘conversas”.
O amanhecer era lindo,qdo viajo ainda hoje lembro destas cenas.
Velhos tempos,belos dias. . .
Na Mogiana não, porem na Santos-Jundia foram varias vezes. Tenho saudades
Cecilia – morei em Franca e de lá ia até Passos/MG – na época viajei muito pela antiga Cia Mogiana de Estrada de Ferro que depois foi incorporada pela FEPASA em 1998. Bons tempos que não voltam mais, pelas belas paisagens , o carro restaurante e dormitório. Saudades daquele tempo – abraços
Ah que saudades da Cia. Mogiana. Eu morava em S. Paulo com minha mãe viuva e, a família de meu pai era do extremo ramal da Mogiana, a cidade de Araguari em Minas. Muitas vezes fizemos o percurso S. Paulo-Araguari que demorava cerca de 25 horas. Na Estação da Luz pegava-se um trem da Cia. Paulista às 20h para chegar a Campinas às 22h. Ali era feita baldeação para o trem noturno da Mogiana. Quando minha mãe estava bem de finanças a gente ia de carro leito, quando não, íamos sentados em carros de primeira classe. Nunca, graças a Deus, foi necessário viajarmos na segunda classe cujos bancos eram de madeira. As cabines do carro leito eram maravilhosas. Eu dormia na cama superior e minha mãe na de baixo. Tudo bem confortável e limpo. Lá pelas 6 da manhã o camareiro batia à porta avisando da breve chegada a Ribeirão Preto. Aí a gente levantava, trocava de roupa e ficava aguardando, sentados na cama de baixo e olhando a paisagem através da janela, a chegada a Ribeirão. Nova baldeação. Nesse novo trem tomávamos o café da manhã, sempre desfrutando das lindas paisagens. As malas acomodadas numa prateleira sobre os bancos, onde ninguem mexia e não havia a menor preocupação com furtos ou roubos. A gente não ficava o tempo todo sentado. Podia se caminhar pelos diversos carros da composição. Fazia-se amizade e, como o trem parava em todas as estações do percurso, por menor que fosse a cidade ou lugarejo, vários passageiros chegavam ou desembarcavam. Ouvia-se muitos “causos” interessantes. Um deles, me lembro, relatava sobre uma criança que havia caido do trem bem no momento em que o mesmo passava na ponte sobre um rio. Eu presenciei em duas ou mais viagens, num determinado trecho do percurso, em que o cozinheiro do carro restaurante ficava com um pedaço de carne na mão extendida na janela, vinha uma gavião em vôo rasante e pegava o alimento. Era tudo tão romântico e delicioso. Sou um apaixonado por ferrovias e, lamento profundamente o abandono das mesmas como meio de transporte de passageiros. A Mogiana faz parte da minha história de vida. Viajei também pela Santos-Jundiaí, Estrada de Ferro Goiás, Central do Brasil, E.F. Campos do Jordão e Sorocabana. O maior número de vezes foi na Mogiana. Achava lindo o apito da locomotiva, as fagulhas saindo da chaminé à noite. Era muito emocionante ficar com o nariz grudado no vidro da janela, no período noturno, para vislumbrar surgir no horizonte a iluminação de mais uma cidade chegando à nossa frente. O subir e descer de passageiros em cada estação abordada. Bem, já estou quase escrevendo um livro aqui sobre esta importante época de minha infância longínqua. A última vez que fiz o percurso relatado, deve ter sido em 1960. Faz tempo né? Mas está bem viva, em minha memória, essa época de ouro! Como disse Ataulfo Alves, “eu era feliz e não sabia”. Lembro-me de nomes de paradas como Cravinhos, Casa Branca, São Joaquim da Barra, Igarapava, Ituverava, São Simão, Sacramento, Uberaba, Uberlândia, Sucupira, Orlândia, Barracão e tantas outras.
Trazem boas lembranças a muita gente.
Meu tio avô viajou.. essas ferrovias fizeram história realmente.