Alimentação em outros países?

1. Tailândia: Ratos
No norte do país, os locais costumam assar o bicho inteiro, geralmente em ocasiões especiais. Os ratos assados são servidos com molho extremamente apimentado e com uma tigela de arroz grudento. Quem já provou diz que o sabor da carne do rato é parecido com a do coelho. No Vietnã, a procura é pelos fetos de ratas, que aumentarim a virilidade.

2. China: Sopa de ninho de pássaro
A sopa de ninho de passarinho é um dos pratos mais caros do mundo. As andorinhas asiáticas constroem seus ninhos com saliva por 35 dias, durante a época de procriação, e os ninhos só podem ser colhidos 3 vezes ao ano. Os ninhos da andorinha asiática são ricos em nutrientes e têm elevados níveis de cálcio, ferro, potássio e magnésio. Em Hong Kong, o preço de um pratinho da sopa de ninho de passarinho custa de US$ 30 a US$ 100.

3. África e Ásia: Cérebro de macaco
Em países como a China, a Malásia, o Vietnã, a Indonésia e Tailândia, o miolo do macaco é retirado da cabeça, limpo, cozido e servido com molho temperado em um prato comum. O miolo do animal é rico em gordura, proteína e fósforo, mas muitos o consomem por acreditar que podem ficar mais inteligentes. Em outros países da Ásia e na África, há quem prefira comer o cérebro diretamente no crânio do animal ainda vivo.

4. China: Pênis de touro, cachorro, cavalo, veado…
Para os chineses, o pênis de touro é um afrodisíaco com as mesmas propriedades do Viagra e sua carne é limpa, cozida e servida como numa sopa. Em Pequim há um restaurante especializado em órgãos genitais de animais: o Guolizhuang tem vários tipos de pênis e de testículos no cardápio.

5. Japão: Fugu
Muita gente paga uma fortuna para comer o fugu, peixe venenoso que pode matar em minutos se não for preparado adequadamente. Uma refeição completa de fugu custa, em alguns restaurantes americanos, mais de US$ 350 e, no Japão, chega a 20 mil ienes (cerca de R$ 350 reais). O fugu pode ser comido cru, como sashimi (fugu sashi), arrumado no prato em forma de crisântemo, frito e servido no saquê quente (hire-zake) ou cozido no vapor com legumes (fugu shiri).

6. Venezuela, Camboja e Austrália: Tarântulas
Venezuelanos, cambojanos e australianos adoram comer aranhas fritas, na brasa ou assadas. A preferida é a tarântula ou caranguejeira. Na Venezuela, a tarântula é consumida assada na brasa, como churrasco, pela população indígena. No Camboja, é temperada com sal e alho, frita e servida em espetos ou em bandejas. Na Austrália, embora consumida principalmente pelos aborígenes, a caranguejeira também faz parte de algumas receitas elaboradas por chefs renomados (flambada no brandy).

7. Filipinas: Balut
O balut é um ovo de pata com um embrião desenvolvido de 17 dias – até o ponto de ter penas e bico. Ele é cozido e depois comido na casca, mergulhado em molho de soja e vinagre ou temperado com sal, suco de limão, pimenta-do-reino e coentro. Nas Filipinas, o balut é servido como entrada em restaurantes.

8. Itália: Casu marzu
Chamado de casu marzu, que significa literalmente queijo podre, o queijo italiano produzido na região da Sardenha é um pecorino maturado por larvas vivas de moscas. A retirada das larvas não é uma regra. Há quem prefira ingerir o queijo com os bichos ainda se contorcendo nas fatias de pão sardo umedecido em que ele é servido.

9. Brasil: Caldo de turu
Prato predileto dos ribeirinhos da Ilha de Marajó, no Pará, o turu é um molusco que vive dentro de troncos de árvores apodrecidas nas águas salobras do mangue marajoara. Parecido com uma lombriga branca e leitosa, o turu tem textura gelatinosa e pegajosa e é consumido cru, com algumas gotas de limão e um pouco de sal. Em restaurantes e pousadas é servido como sopa, como caldo, à milanesa ou cru.

10. Brasil: Farofa de içá (tanajura)
No Brasil, a içá (tanajura), fêmea rainha da saúva, é amplamente consumida em áreas rurais do sudeste do país, principalmente no Vale do Paraíba (SP). Rica em proteínas, a içá tem baixo teor de gordura e alto teor de fósforo e ferro. Ela é consumida torrada ou em farofas com farinha de mandioca grossa.

11. África do Sul: Lagartas fritas
As lagartas azul-esverdeadas (Imbrasia belina) são cozidas e secas no sol para reidratação quando necessário. Fonte fácil e gratuita de alimento, a lagarta da mopane contém 60% de proteína e grande quantidade de fósforo, ferro e cálcio. Gralmente é servida com molho. O restaurante Iyavaya, em Joanesburgo, costuma servir a lagarta da mopane frita e acompanhada por molho de tomate apimentado.

12. China: Espetos de insetos
A entomofagia, ou o hábito de comer insetos, ainda é praticada por milhões de pessoas em sociedades tradicionais, como a asiática e a africana. São fontes de alimento ricas em gordura e proteína. Em países como a China, o Vietnã e o Camboja, os insetos são vendidos em barracas na rua, em restaurantes especializados e em mercados.