Economia

Pergunta sempre pertinente essa.

Embora não haja consenso em todos os motivos elencados na literatura econômica, algumas causas são evidentes.

1º Desequilíbrio Fiscal: O governo brasileiro tem acumulado dívida . Isso faz com que a necessidade de financiamento da dívida brasileira seja maior. Para obter empréstimos, o governo precisa oferecer taxas elevadas de juros aos ofertantes de crédito. Se os juros fossem menores, provavelmente a arrecadação do governo com títulos diminuiria.

Além disso, os gastos exacerbados aumentam liquidez do mercado, pressionando a inflação— o corte recente de 50 bilhões tem como principal intento desacelerar parte do processo inflacionário. Como a principal ferramenta de controle inflacionário é a taxa de juros, esta precisa ser mantida em um patamar elevado.

2º Fragilidade das instituições e credibilidade. De fato, o Brasil ainda não apresenta credibilidade comparada a de países ricos. Basta olhar a nota brasileira nas principais agência de notas de crédito. Como o Brasil não é tão confiável quanto os países desenvolvidos, precisa de altos juros para compensar o risco.

3º Preços Administrados representam boa parte do IPCA. Os preços administrados são aqueles não determinados pelo mercado. O governo escolhe o patamar e pronto. É o caso do preço da gasolina e dos planos de saúde. O problema é que estes preços não respondem à política monetária de aumento de juros, fazendo com que haja necessidade de aumentos maiores na selic para que os preços livres compensem o desequilíbrio.

Para mim, esses são os principais.

Mas nesse trabalho você encontra outras hipóteses.

http://uasf.old.sebrae.com.br/uasfgestao/uasfnoticias/not2006/notjunho/not809/view

Um abraço

Eu sou totalmente favorável à privatização, sim. Mas, digamos, que não pela própria privatização em si, acho que a privatização é um instrumento para conseguir algumas coisas. Acho, por exemplo, que se um governo privatiza uma empresa que é um monopólio do Estado e a entrega como um monopólio para uma empresa privada, não ganharemos nada. Esta empresa vai continuar sendo muito ineficiente, muito corrupta porque este é um produto do monopólio, não de ser pública ou privada. Então, privatizar, sim, mas privatizar abrindo mercados, acabando com os monopólios. E, ao mesmo tempo, em países como os nossos, onde a propriedade privada é tão limitada, acho que a privatização deveria servir para difundir a propriedade privada entre os que não tem propriedade privada: os operários, os funcionários, os consumidores. Como está sendo feito em alguns países com muito sucesso.

Né nao. Não é de todo uma utopia, é uma realidade. Adam Smith nunca falou de “paraísos”, nem sequer dos mecanismos económicos como “O FUNDAMENTO” de uma civilização. Os críticos têm essa visão caricatural do mercado! Mas é a organização de uma sociedade em função de um sistema de regras de jogo que permite um mercado livre e o exercício da liberdade individual. Isso traz o progresso, o desenvolvimento económico, melhores condições de vida, mais possibilidades de realização dos ideais pessoais e por ai vai. Mas a felicidade é algo tão privado, que a política não deve – ou pelo menos não deveria – interferir.

A cultura da liberdade avançou nas últimas décadas em amplas regiões da Europa Central e Oriental, do Sudestes Asiático e até na América Latina onde com excessão de Cuba, uma ditadura declarada, todo os países aplicaram políticas de mercado (ou pelo menos políticas que estão mais próximas de uma economia livre do que do populismo intervencionista). Mas acho que o exemplo isolado mais claro de país que deu um salto com reformas liberais foi a Coréia do Sul. Há vinte anos um sul-coreano era mais pobre que um brasileiro. Hoje, nem é bom comparar… neoliberalismo é uma caricatura de ignorantes.