Como a filosofia trata a barreira logica da física quântica?

Não sei amigo Ronis, mas sei que a filosofia questiona toda e qualquer barreira, já que ela cria e recria retóricamente o questionamento sobre todo tipo de verdade absoluta, então não há barreiras ao pensamento filosófico.

Bjus!
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Sobre teu acréscimo eu diria que até poderia ser chamada de espiritualidade caso ela rompa as barreiras imaginárias que limitam o físico do metafísico, mas isso pode ser pura ingenuidade já que me parece que e esses mundos são regidos por leis distintas.
Porém, analisando que a filosofia passeia livre pelas questões que ora geram novas questões, por certo não há limites para esta,
e essa suposição procede mas… particularmente eu creio que seria inadequada apesar de possível.

Existem crenças e referências espirituais que negam a religião assumindo-se como filosofia. São crenças que tem ritos e até um deus mas acabam por querer se distanciar do conceito religioso por não reconhecer o deus das religiões.

Seguem como linha de oposição porém diz-se científica, até porque crêem que o ser maior que devem obediência fez todas as coisas cientificamente.

Assim como também ufólogos

e crenças que negam deus porque crêem que todos nós somos deuses porém alguns com capacidade de reconhecimento libertando-se de uma prisão e outros não, vivem em uma matrix.

Ronis, a lógica que a Física usa na Mecânica Quântica tanto pode ser considerado como uma “lógica negativa” quanto pode ser considerada uma lógica que admite um “terceiro valor lógico”. Para compreender ela é necessario estar por dentro da história da mecânica quântica, quanto também da história da relatividade geral (mais especificamente falando da geometria usada nesta teoria), e contrapor as duas.

Historicamente a mecânica quântica surge com a hipóste de Planck. A energia utilizada na observação (por exemplo, a luz) não pode ser inferior a uma certa quantidade mínima (o quantum de energia ou constante h, descoberta por Max Planck em 1900); e esta energia é suficiente para modificar o fenômeno observado.

Todavia mais forte que a hipotese de Planck é o conteúdo do princípio de incerteza enunciado por Werner Heisenberg em 1927. Heisenberg escreveu: “Na interpretação de algumas experiências se considera a interação entre objeto e observador, que é necessariamente inerente a todas as observações”. Nas teorias clássicas considerava-se esta interação como sendo demasiado pequena ou de tal forma controlável que a sua influência podia ser eliminada através dos cálculos. Na mecânica quântica e na física atômica isto já não é admissível porque, devido à descontinuidade dos fenômenos atômicos, toda a interação pode produzir variações parcialmente incontroláveis e relativamente graves.

Passando da mecânica quântica à relatividade geral…

As tentativas de demonstrar o 5 postulado de Euclides (ou postulado das retas paralelas que afirma que “por um único ponto só se pode fazer passar uma reta paralela a outra reta dada”) tinhamfeito surgir no século 18 a possibilidade de construir geometrias que não se baseassem naquele postulado. C. F. Gauss afirmou que uma geometria não-euclideana não tem em si nada de contraditório e pode ser desenvolvida com o mesmo rigor e a mesma amplitude da euclideana.

O russo N. Lobachevsky e o húngaro G. Bolyai construíram teorias geométricas não-euclideanas e perfeitamente coerentes. B. Riemann fazia notar que variando convenientemente o postulado 5, se pode obter não só a geometria de Euclides, a de Lobachevsky e a de Bolyai como ainda uma terceira geometria, à qual mais tarde foi dado o nome deste autor. O postulado 5 de Euclides afirma que por um ponto só pode passar uma reta paralela a uma outra; de acordo com a geometria de Lobachevsky e de Bolyai podem passar por tal ponto um número infinito de retas paralelas à reta dada; segundo Riemann, não existe nenhuma reta paralela a outra, o que dá lugar a uma geometria simétrica e oposta à de Lobachevsky e Bolyai. Estes desenvolvimentos mostram que as proposições fundamentais da geometria não são axiomas ou verdades evidentes mas sim meras hipóteses que podem ser escolhidas a fim de se alcançar uma maior particularização ou uma mais vasta generalização do problema em estudo.

E assim que a Física se habitou aos às geometrias não euclideanas e à concepção de múltiplas dimensões de espaço, que são mais comuns na mecânica quântica do que na relatividade geral. Foi através de especulações audacionses que a fisica inferiu suas topologias fantásticas.

Para quem tem o espírito livre e não se guia muito pelo óbvio a lógica usada na mecânica quântica é apenas uma dentre tantas outras possíveis.

“Existem mais coisas entre o céu ea terra do que sonha a nossa vã filosofia.” William Shakespeare