Como é o processo de despoluição de uma lagoa?

As nações em desenvolvimento, por falta de recursos sucientes
ou mesmo por negligência na scalização do governo, estão sujeitas à constante
poluição do ar e da água. Nos restringiremos neste modelo às formas de despolui
ção de lagos e lagoas uma vez que no caso dos rios, quando a poluição
ainda não causou danos extremos, eles próprios podem se auto-reparar, bastando
para tanto que se tenha uma diminuição no lançamento de poluentes em
suas águas. Já no caso de lagoas (ou lagos) o processo de despoluição é mais
lento, podendo ser efetivado caso ainda não estejam “mortast1. Tal mecanismo
de limpeza consiste em substituir sua água gradualmente. Nos modelos propostos,
encaramos o uxo da água na lagoa como um problema de diluição de
substâncias, não levando em consideração a sedimentação dos poluentes, sua
ação biológica etc. Faremos agora as “hipótesest1 simplicadoras:
1. Existe um uxo de água que entra na lagoa, proveniente de um riacho ou
minas, e uma vazão para outro riacho. As vazões de entrada e saída são iguais
e constantes, valendo r (`=seg) (r litros por segundo) .
2. Quando a água entra na lagoa, se mistura rapidamente e de maneira homog
ênea, havendo uma distribuição uniforme dos poluentes.
3. O volume da lagoa é constante (a quantidade de água de chuva se equilibra
com a que se evapora) e é igual a V litros.
4. Os poluentes são retirados da lagoa somente através do uxo de saída.
5. A poluição provém de uma indústria instalada na margem da lagoa ou do
riacho que a alimenta.
Se a quantidade de poluentes existente na lagoa é prejudicial ao desenvolvimento
da vida aquática ou mesmo à recreação, quais os mecanis mos existentes
para se efetuar sua limpeza?
Solução:
Consideremos primeiramente o caso em que a indústria cessa totalmente a
poluição da lagoa, colocando ltros especiais.

As técnicas usadas para despoluir uma lagoa variam de acordo com seu tamanho e com o tipo de despejos irregulares que a poluem. Embora esse tipo de limpeza seja raro, no Brasil temos um exemplo que está dando muito certo. Trata-se da lagoa Rodrigo de Freitas, cartão-postal do Rio de Janeiro. De 2006 para cá, uma série de medidas conjuntas entre o governo e a iniciativa privada fez o número de coliformes fecais que contaminavam a água cair de 16 mil para apenas mil a cada 100 mililitros – tornando a lagoa tecnicamente apropriada para banho. Estima-se que o custo total da despoluição, prevista para terminar em 2010, seja de 30 milhões de reais.

Consultoria – JOSÉ ANDREATA, BIÓLOGO DA UNIVERSIDADE SANTA ÚRSULA (RJ) E TÉCNICOS DO GRUPO EBX, PARCEIRO DA COMPANHIA ESTADUAL DE ÁGUAS E ESGOTOS (CEDAE) NAS OBRAS DE DESPOLUIÇÃO DA LAGOA RODRIGO DE FREITAS