Como faço para trabalhar na área que química forense fazendo licenciatura em química?
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Especialistas da área, brasileiros e estrangeiros, concordam que o mercado para químicos forenses está em expansão e, com os avanços científicos, mais e melhores profissionais o setor demandará. Idealizadores do primeiro curso de graduação em Química Forense do Brasil acreditam que, além de “experts” em química, o setor necessita do desenvolvimento de novos métodos de análises.
Para discutir o assunto, especialistas da área forense nacionais e internacionais estarão reunidos em Ribeirão Preto, entre 8 e 11 de dezembro. A programação terá enfoque na área criminal, mas os organizadores fazem questão de evidenciar a falta de profissionais. Lembram que, enquanto países como os EUA, Canadá e Suíça possuem institutos de química forense em instituições de ensino e pesquisa, no Brasil existe apenas um curso de graduação, na USP, em nível de bacharelado. Fato que “reflete a carência de profissionais com essa formação específica no mercado”, garante Marcelo Firmino de Oliveira, professor do Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto FFCLRP USP e coordenador do II Encontro Nacional de Química Forense II ENQFor.
Hoje, no Brasil, profissionais de nível superior, selecionados por concurso público, passam por formação nas academias órgãos da polícia. O curso dura de 6 a 8 meses e oferece cursos rápidos de química e biologia forenses, bem como de outras modalidades de ciências forenses. Esses profissionais são chamados de peritos. O especialista da USP lembra que, por se tratar de cursos de formação policial, o enfoque é mais criminal. Áreas cível, trabalhista e desportiva, por exemplo, não chegam a ser abordadas.
Suprir lacunas de conteúdos
Certos de que um curso de graduação na área forense viria a suprir tais conteúdos, em 2006, um grupo de especialistas criou na USP de Ribeirão Preto o primeiro, e ainda único, curso de Química Forense do Brasil. Este ano, a FFCLRP está formando a segunda turma de bacharéis com habilitação em química forense. Perguntados sobre a necessidade de mais cursos deste no país, os professores acreditam que “são extremamente necessários não só apenas na área de química, como em outras como física, biologia, dentre outras”.
Sobre a atuação do profissional que colocam no mercado, garantem que o químico formado na USP é um bacharel que possui atribuições legais para trabalhar em todos os setores destinados ao bacharel em química.
Inscrições e mais informações sobre o II ENQFor, http://sites.ffclrp.usp.br/enqfor/ Informações sobre o bacharelado em química forense da FFCLRP, http://www.ffclrp.usp.br/graduacoes/quimica/bachareladoemquimicaforense.php