Como o conhecimento, da história e da diversidade cultural, pode ajudar tanto o índio quanto o branco a observar e a lidar com essas diferenças?
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A presença indígena nos centros urbanos não é nova. Nova é a visibilidade que essa população está ganhando. Até então eram populações invisíveis e totalmente excluídas e negadas do campo dos direitos indígenas, de modo que sofriam dupla discriminação: de serem parte dos segmentos empobrecidos das periferias das cidades e excluídos dos direitos indígenas oferecidos aos índios de aldeias. Com o processo de democratização do país os processos de reafirmação étnica e identitária vieram à tona e junto as políticas de ações afirmativas, essas populações começaram a ganhar espaços de visibilidade e o movimento indígena e as políticas públicas foram pressionadas a olhar para eles também como sujeitos de direitos específicos, o que é absolutamente legítimo. O que é necessário, agora, é estender e consolidar políticas adequadas para eles, que não podem ser iguais àquelas voltadas para as aldeias e as terras indígenas, uma vez que as demandas e perspectivas são diferentes em muitos aspectos. Uma escola indígena de aldeia, por exemplo, visa a formar jovens indígenas para responder às necessidades da aldeia, melhorar a produção e comercialização de seus produtos. Uma escola indígena situada numa cidade como Manaus precisa formar jovens indígenas para a realidade de Manaus, cuja base é a aspiração ao mercado de trabalho. O que não pode é excluir essas populações dos direitos indígenas específicos, seja porque fazem parte do segmento indígena, portanto, portadores de culturas, tradições, valores próprios, seja porque podem aumentar o número de contingentes marginalizados das periferias das cidades, que resultam em um dos priores males das civilizações urbanas modernas.