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pois com o tempo isso se torna um valor moral por exemplo a igreja católica no passado foi intolerante porém o império romano também era cfom outras culturas
É explicável que as associações humanas se adequam com o ambiente em que vivem de acordo com as suas diferentes necessidádes, por exemplo após uma grande crise de excassez de alimentos, os chineses se viram forçados a se alimentar de insetos, larvas e outros elementos que não faziam parte do seu cardápio e isso se incorporou à cultura alimentar deles mesmo em tempos de abundância. Isso ocorreu diversas vezes devido a forças da natureza (grandes secas ou eras glaciais), ou intervenção humana (guerras por ex.). Um outro exemplo pode ser dado na forma como é diferente o nosso português com o português de Portugal (relacionado ao idioma), há quem diga e eu concordo que o som do sotaque lusitano é bem fechado e anazalado devido à maneira como eles se portam como conjunto ou mesmo em relação um com os outros, ou seja de modo mais fechado e introspectivo ao contrário dos brasileiros que falam de modo mais respirado e aberto e mesmo aqui a maneira de vida também interferiu no modo como falamos, a força e a velocidade com que falamos sempre reproduzindo a forma como cada região vive na fala!!!!!!!
Se pensarmos na gama de possibilidades de respostas diferentes dos humanos à infinidade de ocorrências (biológicas, geográficas, históricas, como você mesmo disse), fica fácil entender o conceito de alteridade, do qual a Antropologia tanto fala. Os seres humanos são seres sociais e criativos, assim, é possível perceber que o pensamento hierárquico (ser, pensar ou agir de uma forma seria melhor que de outra) não tem muito sentido real, já que nosso comportamento é absolutamente contextual e construído histórica e socialmente.
Claro que isso faz do estudo antropológico um constante pisar em ovos, e fica difícil realmente medir a dose certa entre o evolucionismo social (pensamento de sociedades primitivas e civilizadas, com uma escada de evolução social) e o relativismo cultural (todas as culturas são únicas e igualmente respeitáveis). Embora essa última a princípio pareça a mais obviamente aceita neste viés de pensamento, deve-se conseguir encontrar o equilíbrio, quando se vem à mente as atrocidades que já aconteceram e acontecem em nome da cultura. Mulheres sendo anuladas, objetificadas, massacradas, dilaceradas por certos povos, em nome de uma visão de mundo… isso deve ser aceito por ser uma questão cultural, ou ser combatido, por questão humanitária?
O que Hitler fez com os judeus, deveria ser revisto, por se tratar de um pensamento cultural que se colocou, ou rechassado pela grandiosidade da monstruosidade produzida?
Questões bem complicadas se colocam à Antropologia.