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Anônimo(a)

Diga o que acha dessa poesia,ok?

Bandido negro

Corre, corre, sangue do cativo
Cai, cai, orvalho de sangue
Germina, cresce, colheita vingadora
A ti, segador a ti. Está madura.
Aguça tua fouce, aguça, aguça tua fouce.

(E. SUE – Canto dos filhos de Agar)

Trema a terra de susto aterrada…
Minha égua veloz, desgrenhada,
Negra, escura nas lapas voou.
Trema o céu … ó ruína! ó desgraça!
Porque o negro bandido é quem passa,
Porque o negro bandido bradou:

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Dorme o raio na negra tormenta…
Somos negros… o raio fermenta
Nesses peitos cobertos de horror.
Lança o grito da livre coorte,
Lança, ó vento, pampeiro de morte,
Este guante de ferro ao senhor.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Eia! ó raça que nunca te assombras!
Pra o guerreiro uma tenda de sombras
Arma a noite na vasta amplidão.
Sus! pulula dos quatro horizontes,
Sai da vasta cratera dos montes,
Donde salta o condor, o vulcão.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

E o senhor que na festa descanta
Pare o braço que a taça alevanta,
Coroada de flores azuis.
E murmure, julgando-se em sonhos:
“Que demônios são estes medonhos,
Que lá passam famintos e nus?”

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Somos nós, meu senhor, mas não tremas,
Nós quebramos as nossas algemas
Pra pedir-te as esposas ou mães.
Este é o filho do ancião que mataste.
Este – irmão da mulher que manchaste…
Oh! não tremas, senhor, são teus cães.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

São teus cães, que têm frio e têm fome,
Que há dez séc’los a sede consome…
Quero um vasto banquete feroz…
Venha o manto que os ombros nos cubra.
Para vós fez-se a púrpura rubra,
Fez-se a manto de sangue pra nós.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Meus leões africanos, alerta!
Vela a noite… a campina é deserta.
Quando a lua esconder seu clarão
Seja o bramo da vida arrancado
No banquete da morte lançado
Junto ao corvo, seu lúgubre irmão.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

Trema o vale, o rochedo escarpado,
Trema o céu de trovões carregado,
Ao passar da rajada de heróis,
Que nas éguas fatais desgrenhadas
Vão brandindo essas brancas espadas,
Que se amolam nas campas de avós.

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz

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3 Answers

  1. desculpe parece e triste para meu gosto, bem escrita rimas boas mas , embora a tristeza exista prefiro coisas alegres..>>>boa>sorte>>>

  2. Quanto a estrutura, as rimas a métrica tudo muito bem feito. A interpretação do poema é um pouco difícil. O poeta muitas vezes escreve coisas que somente ele entende. Algo flui pela sua alma que consegue descrever. Pra entendê-lo é necessário uma convivência maior. Para, da mesma forma penetrarmos na alma do poeta. Ele fala de vingança, de sangue do escravo, de algoz, de seara vermelha, etc. O poema é triste, sombrio e fúnebre. Parece nos reservar uma certa expectativa ou apreensão de terror ou de medo. Lutas nos campos, nas plantações onde existem muitas emboscadas, onde se espera o inimigo para a derradeira vingança, assaltá-lo ou matá-lo.

    A seguinte estrofe me parece o ponto crítico:

    “Trema o vale, o rochedo escarpado,
    Trema o céu de trovões carregado,
    Ao passar da rajada de heróis,
    Que nas éguas fatais desgrenhadas
    Vão brandindo essas brancas espadas,
    Que se amolam nas campas de avós.”

    Proponho que leia os poetas românticos como Castro Alves, Gonçalves Dias, etc.

    Boa sorte.

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