Gente me responde essa pergunta de história?

Muito se tem escrito de Heródoto e a sua obra. Todavia, as conclusões tem sido as mais diversas possíveis. Alguns autores têm se empenhado em apresentar Heródoto como um charlatão, que forjou deliberou datas e fatos. Já outros autores buscam defender o título de “Pai da História” para Heródoto, fazendo todo o possível para aproximar os métodos do grego do século V a. C. aos dos historiadores contemporâneos.

Esta linha de pesquisadores, que busca transformar Heródoto em um historiador positivista, na mais estrita concepção do termo, tem em Collingwood um de seus representantes mais ilustres. Para este autor, Heródoto preenchia os quatro requisitos básicos para fazer uma história positivista, a saber: científica (começa por uma indagação e procura uma resposta), humanista (preocupa-se, basicamente com os feitos realizados pelos homens), racional (busca fundamentar com provas as suas conclusões) e auto-reveladora (mostra aos homens o que os seus semelhantes realizaram no passado).

Collingwood afirma que: “Heródoto não limita a sua atenção aos simples acontecimentos, considerando estes acontecimentos, (…) como ações dos seres humanos que tiveram suas razões para atuarem como o fizeram”. Mais do que isso, para Collingwood é “claro que a história, para Heródoto é humanista, e não mística ou teocrática”. Nestes trechos, fica evidente que Collingwood se dedica a defender Heródoto da “acusação” de fazer uma história religiosa. Para aquele autor, caso ficasse comprovado que Heródoto realizou uma História com determinante religioso seria impossível enquadrar o historiador grego entre os positivistas, o que inviabilizaria o título de “Pai da História”.