Desde muito cedo, o estudante faz uso da representação. Num primeiro momento, utiliza o movimento para manifestar a necessidade de interagir socialmente e, mais tarde, para imitar ações observadas no seu cotidiano. Inicialmente, utilizando gestos, ele imita o que vê, posteriormente já consegue reproduzir modelos guardados na sua lembrança. De acordo com LIMA (2002), essa capacidade que os seres humanos têm de reproduzir internamente aquilo que foi apreendido pela ação e interação com diferentes objetos de conhecimento pode ser definida como representação.Leia Mais…
“Representar é o processo ou resultado de formar imagens mentais enquanto se lê uma história, enquanto se percebe algo.” (HARRIS; HODGE, 1999, p. 234)
Essa representação interna acontece também ao se perceber um signo ou um símbolo. A expressão verbal e a palavra escrita (cachorro), se já foram anteriormente associados ao animal, e passam a constituir a construção do conceito do que seja cachorro.
“Signo e símbolo: um signo é algo que representa ou significa algo além de si mesmo; um símbolo é um signo convencionalizado” (HARRIS; HODGE, 1999, p. 243)
O estudante faz uso da representação também em suas brincadeiras de faz- de-contas. Enquanto brinca, dá significados a movimentos, objetos e sons do mundo que o rodeia. O significado é construído pela ação sobre objetos e sons do mundo que o rodeia. O significado é construíudo pela ação sobre objetos de conhecimento: é resultante do processo de simbolização.
O desenho é também utilizado pelo estudante como forma de representação de objetos ou de situações presentes no seu dia-a-dia, sendo considerado por VYGOTSKY (1984) como um estágio prelimiar do desenvolvimento da linguagem escrita. Desenho e escrita são representações gráficas, porém estão relacionados a situações diversas. Enquanto o desenho se refere a objetos e se configura em imagens, a escrita se refere à linguagem oral, ou seja, está diretamente relacionada à palavra, é a representação de expressões orais.
Os desenhos, os logotipos, as logomarcas, as placas de trânsito, as placas de setorização, as legendas, os ícones, entre outras, são recursos que podem ser utilizados para o sestudo sobre a convencionalidade dos símbolos.
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