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SE O GOVERNO AUMENTA O SALÁRIO MÍNIMO, TERÁ QUE REDUZIR INVESTIMENTOS EM OUTROS SETORES PARA EQUILIBRAR OS GASTOS E O ORÇAMENTO DA UNIÃO, CERTO?
DE QUE ADIANTA CONCEDER MÍSEROS 30 REAIS DE AUMENTO NO SALÁRIO MÍNIMO SE ISSO IRÁ ACARRETAR UM CORTE NO ORÇAMENTO (PÍFIO) DA SAÚDE PÚBLICA POR EXEMPLO?
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Para o governo, aumentar o salario minimo, aumenta a arrecadação porque aumenta a contribuição do INSS e outros descontos do otario que acha que esta levando alguma vantagem com isso. Lógico que tambem aumentam os preços ao consumidor o que aumenta o volume de impostos arrecadados que são calculados em porcentagens (ICMS por exemplo). Não sou economista, mas acredito que isso seja apenas um detalhe no jogo de poder.
De fato, se se aumenta o salário mínimo (ou qualquer outra despesa dentro do Governo Federal), sendo o orçamento da União fixo, haverá automaticamente a necessidade em se cortar gastos em outras áreas. Isso é um fato, uma premíssia macroeconômica, caso o governo não queira ter problemas como inflação e/ou défices orçamentários ou até mesmo que recorrer a empréstimos para zerar suas contas.
No entanto, por menor que seja o aumento no salário mínimo, ele deverá sempre estar em consonância com a inflação, ou seja, o poder de compra do salário mínimo deve ser mantido e essa é a meta do atual desGoverno. Em outras palavras, os míseros R$30,00 de aumento representa pouco mais de 6% de aumento que é justamente a inflação do período.
Quanto ao corte na saúde pública, isso não passa de chantagem política. Falo isso pois nada prevê que o corte tenha que ser necessariamente na súde, educação ou em outra área social de tamanha importância e que deveria ser dada como meta e priorizada a qualquer custo, independente dos gastos a mais em outros setores (ou aumento do salário mínimo).
Diminuir as regalias que tem os políticos brasileiros, acabar legalmente com pensões pagas a pessoas de forma no mínimo questionável, acabar com subsídios a setores industriais não competitivos, melhorar a qualidade do repasse de programas sociais como o Bolsa Famíla, e uma gama infinita de outros pontos poderiam se atacados de forma a compensar um gasto maior com o salário mínimo.
Mesmo se o desGoverno, não quisesse (ou pudesse), fazer isso, poderia trabalhar para melhorar os gastos públicos evitando o desperdicio e o retrabalho (como é comumente feito a cada seis meses nas estradas federais), aumentar a arrecadação de impostos por meio do combate a sonegação. Combater a corrupção. Enfim… Existem milhares de pontos que o atual desGoverno poderia atacar para compensar tal aumento sem precisar diminuir o orçamento da saúde e educação. Basta querer. Basta vontade política e punho forte.
Mas não podemos jamais, ter em mente que o mísero aumento do salário mínimo seja uma benesse governamental. Nem aumento propriamente dito ele é, mas sim, apenas um repasse da inflação, uma atualização monetária com vistas a manutenção do poder de compra daquele benefício. Embora nos desGovenos Lula o salário mínimo tenha de fato tido ganhos reais (aumento de fato), este não é o caso atual, que fique bem claro.
Os míseros R$30,00 tem que ser repassados, mas os cortes na saúde e educação, não.
Minhas opiniões. Valeu?
Barbosa.