Deixe um poema ou frase de cada um deles, bjus! =)
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“Enquanto não superarmos
a ânsia do amor sem limites,
não podemos crescer
emocionalmente.
Enquanto não atravessarmos
a dor de nossa própria solidão,
continuaremos
a nos buscar em outras metades.
Para viver a dois, antes, é
necessário ser um.”
Fernando Pessoa
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AUSÊNCIA
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
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Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame,
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
…Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
Pablo Neruda
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Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto;
alimentam-se um instante em cada
par de mãos e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Mário Quintana
Precisamos classificar os poetas por escolas. E dentro de cada escola literária, escolher o melhor. Assim teremos os poetas do romantismo, os do realismo ou parnasianismo, os modernistas, e por aí vai.
Dentro da escola romântica não há como negar a importância do baiano Castro Alves que colocou toda sua fleuma em favor da libertação dos escravos. Os parnasianos davam muita importância à forma, á estética, e não podemos ignorar a presença de um Olavo Bilac. “Ora, direis, ouvir estrelas!” Entre os modernistas temos o gaúcho Mario Quintana, Drumond, Guilherme de Almeida.
Não tem como dizer este é o melhor.
Na dúvida eu fico com todos. Cada poeta tem sua marca distinta, então, é difícil escolher o melhor.
Florbela Espanca – Fanatismo
Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não es sequer razão do meu viver,
Pois que tu es já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo , meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu es como Deus: Princípio e Fim!…”
Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo).
Castro Alves, poeta pertencente a terceira geração romântica.
Tb conhecida como poesia social ou condoreira.
Trecho da poesia O Livro e a América:
“Oh! Bendito o que semeia
Livros… livros à mão cheia…
E manda o povo pensar!
O livro caindo n’alma
É germe — que faz a palma,
É chuva — que faz o mar.”
Oii Florzinha!!
Eu fico com ele o Mário Quintana!
DAS UTOPIAS
Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos se não fora
A mágica presença das estrelas!
Mario Quintana – Espelho Mágico
POEMINHO DO CONTRA
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!
Mario Quintana
Eu adoro estes!
Beijos!
Não vou dizer que são os melhores, mas os que mais gosto:
Amar:
Fechei os olhos para não te ver
e a minha boca para não dizer…
E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei,
e da minha boca fechada nasceram sussurros
e palavras mudas que te dediquei…
O amor é quando a gente mora um no outro.
Mário Quintana
SONETO LXXXVIII
Quando me tratas mau e, desprezado,
Sinto que o meu valor vês com desdém,
Lutando contra mim, fico a teu lado
E, inda perjuro, provo que és um bem.
Conhecendo melhor meus próprios erros,
A te apoiar te ponho a par da história
De ocultas faltas, onde estou enfermo;
Então, ao me perder, tens toda a glória.
Mas lucro também tiro desse ofício:
Curvando sobre ti amor tamanho,
Mal que me faço me traz benefício,
Pois o que ganhas duas vezes ganho.
Assim é o meu amor e a ti o reporto:
Por ti todas as culpas eu suporto.
William Shakespeare
Dos estrangeiros, gosto de Ernest Hemingway, John Donne, Walt Whitman, George Bernard Shaw, William Shakespeare, E. E. Cummings, Lord Byron, Emily Dickinson, Ralph Waldo Emerson, Fernando Pessoa e vários outros.
Entre os brasileiros, Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Vinícius de Morais, Clarice Lispector, Manuel Bandeira, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, etc.
E há 2 compositores brasileiros q, embora não sejam considerados poetas, na minha opinião são os maiores poetas que o brasil já teve: Chico Buarque e Oswaldo Montenegro.
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Não vou deixar um poema de cada um são muitos! Deixo apenas um de Fernando Pessoa q é meu lema de vida:
“Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em todas as coisas. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a Lua toda
Brilha, porque alta vive.”
Fernando Pessoa [Ricardo Reis – heterônimo]
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No Brasil, Adélia Prado
No Exterior, Florbela Espanca
Mas curto muito CDA, Mário de Andrade, Cecília Meireles e tenho andado encantada com Baudelaire.
Mas leio a maioria dos poetas.
Para mim é o melhor poeta brasileiro é Álvares de Azevedo e o melhor poeta estrangeiro é Johann Wolfgang von Goethe
Carlos Drumond e Mario Vargas Llosa
Tenho uma poetisa de preferência.
Nada supera a beleza e estilo de Cecília Meireles.
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IMAGEM
Tão brando é o movimento
das estrelas, da lua,
das nuvens e do vento,
que se desenha a tua
face no firmamento.
.
Desenha-se tão pura
como nunca a tiveste,
nem nenhuma criatura.
Pois é sombra celeste
da terrena aventura.
Como um cristal se aquieta
minha vida no sono,
venturosa e completa.
E teu rosto aprisiono
em grave luz secreta.
.
Teu silêncio em meu peito
de tal maneira existe,
reconhecido e aceito,
que chego a ficar triste
de vê-lo tão perfeito.
.
E não pergunto nada.
Espero que amanheça,
e a cor da madrugada
pouse na tua cabeça
uma rosa encarnada.
(Cecília Meireles )
Difícil escolha, Alane Poison. Contudo, fico com Fernando Pessoa e Pablo Neruda .
…”Vou-me embora. Estou triste : mas sempre estou triste/Venho dos teus braços.Não sei para onde vou”(Pablo Neruda )
…”Para viver a dois, antes ,é necessário ser um”.(Fernando Pessoa )
Iluminado 2011
beijos
Castro Alves e S. Eliott. Beijos no \♥/ (abreviado)…rien, rian…..\o/
não sei te dizer, bjs
Carlos drumund sim logico
quintana
amo
Difícil falar qual o MELHOR.
Apesar de gostar muito de poesia, não conheço TODOS.
Escolhendo pra não ficar em cima do muro.
Brasileiros:
Mário Quintana
Olavo Bilac
Estrangeiro:
Florbela Espanca
Fernando Pessoa
Beijão
Difícil escolher o melhor pois isso poderá variar de acordo com o gosto de cada um. Para mim um dos melhores do mundo, sem dúvida, é Goethe (lembremos a deficiência que a tradução ocasiona, de forma que ponho também o original em alemão para se ver as rimas etc). Do Brasil vou de Augusto dos Anjos, dadas suas originalidade e criatividade ímpares.
A primeira perda – Goethe
Oh! se tornar pudésseis, belos dias ,
Ditosos dias do primeiro amor!
Ah! Se pudesse voltar, um só momento,
A vida que foi sonho encantador!
Desolado, alimento hoje a ferida (saudade)
E, com suspiros sempre renovados,
Choro a ventura extinta que gozei
Voltai, voltai de novo, dias felizes
Daqueles belos tempos em que amei!
Erster Verlust – Goethe
Ach, wer bringt die schönen Tage,
Jene Tage der ersten Liebe,
Ach, wer bringt nur eine Stunde
Jener holden Zeit zurück!
Einsam nähr ich meine Wunde
Und mit stets erneuter Klage
Traur’ ich ums verlorne Glück.
Ach, wer bringt die schönen Tage,
Jene holde Zeit zurück!
Versos Íntimos – Augusto dos Anjos
Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.
Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.
Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!
Adoro Quintana… Tenho o “Livro das Perguntas” de Neruda, aprecio Drummond de Andrade, mas… “O melhor” é sempre uma questão de gosto, isto é, subjetiva…
Como escritor eu gosto mesmo é de J. L. Borges -> feeeeeraaaaa….
Bem brasileiro o que eu mais admiro é Raul de Leôni e Cecília Meireles são os meus preferido.
Estrangeiro não conheço outro como Walt Whitman, Ernest Hemingway e E.E. Commungs, não conheço nenhum outro poeta estrangeiro como eles. Pelo menos pra mim BJS…Feliz 2011.
O melhor poeta estrangeiro pra mim e o Fernando Pessoa, n sou brazileira mas o melhor autor penso k e o Drummond.
LIBERDADE
Ai que prazer
nao cumprir um dever,
ter um livro para ler
e nao o fazer
ler e masada,
estudar e nada.
o sol doira
sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
sem edisao original.
e a brisa, essa
de tao naturalmente matinal,
como tem tempo nao tem presa…
Livros sao papeis pintados com tinta.
estudar e uma coisa em que esta indistinta
a distinsao entre nada e coisa nenhuma
Quanto e melhor, quando ha bruma,
esperar por D.Sebastiao,
Quer venha ou nao.
Grande e a poesia, a bondade e as dansas…
Mas o melhor do mundo sao as criansas
flores, musica, o luar, eo sol que peca so quando, em vez de criar, seca.
O mais do que isto
e Jesus Cristo,
quer nao saiba nada de finansas
nem conta que tivesse biblioteca…
bom para alem da liberdade tem a miseria do meu ser, k e uma maravilha, desculpe me pelos erros mas os teclados do meu pc ta desprogamado… bjs
Querida amiga” gosto muito deste poema..
Vem beber um copo e descansar,
os homens mudam sempre, como as ondas do mar.
Nós dois temos envelhecido juntos,
apesar dos reveses, continuamos vivos.
O primeiro a habitar uma casa de portões escarlates
pode sorrir, ao olhar os outros de chapéu na mão.
Tu sabes, basta um pouco de chuva
para reverdecer a erva dos caminhos.
O vento da Primavera é ainda frio
mas os botões das flores quase desabrocharam.
Por que tanta pergunta, tanta luta,
os negócios do mundo, as nuvens flutuantes?
Descansa, deixa fluir a vida,
e vem jantar comigo.
Wang Wei
★.. .*★ Com carinho da amiga ★.. .*★ Bjs.
Eu não posso cometer a injustiça de escolher o melhor. Há muitos que são ótimos, cada um com suas características e estilo natos. Fala-se muito nos poetas mortos.
Vou indicar um dos vivos:
brasileiro: Fabrício Carpinejar
As Solas do Sol, Nona Colina
Avalor desconhecia o vexame
da crença. Estava na nona
colina e não responderia
ao apelo externo. Aprendeu
a se deslocar parado.
Unicamente a copa barulhava
o fluido da geografia,
a incidência da pressão.
Nos dados biográficos,
nunca largou o hospício
após completar a idade da razão.
E os apontamentos
listavam apenas o vegetar
dos cílios e a gradação
dos antibióticos. A trama
das bandagens cobria
os retalhos ovalados das fotos.
As portinholas consistiam
numa elevada, acima do palmo
da viseira. Trocava-se
a enfermaria pelo dormitório
e ninguém notava.
Avalor, ocupado pela inércia,
descobriu o talento
de vadiar a verdade.
estrangeiro: o peruano Oswaldo Chanoce
CANCIÓN DE AMOR
Oswaldo Chanoce
Ninguno de ustedes ha tenido jamás un amor como el que yo he tenia
Ella secaba mi armamento con su perfumada cabellera
Me alimentaba con miga y con leche y humedecía mis labios con vino
jamás ustedes viles y brutos tendrán un amor como el mío:
tierno sensible e inquietante
en la cama
Ustedes no conseguirán siquiera un beso como el de ella: aromático
de delgada humedad y que evocaba no el primer beso obtenido
sino el primer beso soñado
Sus ojos además cuando no se perdían en melancólicos ensueños
se ocupaban en seguir mis pasos
en leer mis labios en contar los movimientos
de mis manos Ningunos de ustedes, cerdos, fueron jamás bendecidos
por un amor tan grande y tan bueno y por una felicidad tan honda
Por eso ahora que huyo como una bestia indigna acorralado
por indescifrables espasmos
Ninguno de ustedes, miserables, ha sido merecedor de una maldición mayor que la mía
Canção de Amor
(Tradução de Silvio Persivo)
Nenhum de vocês nunca teve um amor como o que tive
Ela secava meus desejos com seu cabelo perfumado
E me alimentava com sua carne e leite e molhava meus lábios de
vinho
Jamais vocês, vilões e brutos, nunca terão um amor como o meu:
terno,
sensível e inquieto
na cama
Vocês não conseguiriam sequer um beijo
como era o beijo dela:
perfumado
da umidade fina
que evocava não o primeiro beijo real
mas o primeiro beijo sonhado
Seus olhos ,
além de que, quando não envoltos em sonhos melancólicos,
se ocupavam em seguir
meus passos
em ler
meus lábios
em contar os movimentos
das minhas mãos
Nenhum de vocês, porcos, nunca foram abençoados por um amor
assim grande e assim bom
e
por uma felicidade assim tão intensa
Por essa razão
agora que eu fujo
como uma besta enfurecida,
encurralada,
por espasmos indecifráveis
nenhum de você, miseráveis, foi merecedor de uma maldição mais imensa.
Brasileiro:
Cecilia Meireles
Motivo (Cecília Meireles)
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou edifico,
se permaneço ou me desfaço,
– não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E sei que um dia estarei mudo:
– mais nada
Estrangeiro:
Florbela Espanca
Eu
Florbela Espanca
Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…
Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino, amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!
Carlos Drummond de Andrade
As sem-razões do amor
Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor.
Federico Garcia lorca
O POETA PEDE AO SEU AMOR
QUE LHE ESCREVA
Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.
O meu poeta estrangeiro preferido é o Goethe. Na verdade até hoje eu só li as poesias dele e de alguns amigos que postam no site. Mas como o Goethe é o meu maior ídolo na literatura (ou pelo menos um dos maiores), acredito de verdade que também seja o meu poeta preferido. Mas ainda quero ler Lord Byron. Acho que preciso primeiro aprender inglês, pois não encontrei nenhuma obra do Byron em português a venda. Dos poetas brasileiros eu quero ler “Lira dos Vinte Anos” de Gonçalves Dias, pois me marcou a leitura de “Noite na Taverna” deste mesmo autor.
Beijus amiga, deixo poemas maravilhosos de Goethe:
Reconciliação
A paixão traz a dor! — Quem é que acalma
Coração em angústia que sofreu perda tal?
As horas fugidias — para onde é que voaram?
O que há de mais belo em vão te coube em sorte!
Turbado está o espírito, o agir emaranhado;
O mundo sublime — como foge aos sentidos!
Mas eis, com asas de anjo, surge a música,
Entrelaça aos milhões os sons aos sons
Pra varar, lado a lado, a alma humana
E de todo a afogar em eterna beleza:
Marejado o olhar, na mais alta saudade
Sente o preço divino dos sons e o das lágrimas.
E assim aliviado, nota em breve o coração
Que vive ainda e pulsa e quer pulsar,
Pra ofertar-se de vontade própria e livre
De pura gratidão pela dádiva magnânima.
Sentiu-se então — oh! pudesse durar sempre! —
A ventura dobrada da música e do amor.
Livro do Amor
O mais singular livro dos livros
É o Livro do Amor;
Li-o com toda a atenção:
Poucas folhas de alegrias,
De dores cadernos inteiros.
Apartamento faz uma secção.
Reencontro! um breve capítulo,
Fragmentário. Volumes de mágoas
Alongados de comentários,
Infinitos, sem medida.
Ó Nisami! — mas no fim
Achaste o justo caminho;
O insolúvel, quem o resolve?
Os amantes que tornam a encontrar-se.
Não te Arrependas
Não te arrependas, Amada, porque a mim tão depressa
te deste!
Podes crer, nem por isso de ti penso coisas insolentes
e vis!
Vária é a acção das setas do Amor: algumas arranham,
E do rastejante veneno languesce pra anos o peito.
Mas, com penas potentes e gume afiado de fresco,
Outras penetram até ao tutano e rápido inflamam
o sangue.
Nos tempos heróicos, quando Deuses e Deusas amavam,
Ao olhar seguia o desejo, ao desejo o prazer.
Crês tu que a Deusa do Amor pensou muito tempo
Quando no bosque de Ida um dia Anquises lhe
agradou?
Se Luna tardasse a beijar o belo dormente,
Auiora, invejosa, em breve o teria acordado.
Hero descobriu Leandro no festim ruidoso, e ligeiro,
Ardente saltou o amante pra a corrente nocturna.
Rhea Sílvia, a virgem princesa, vai descuidosa
Buscar água ao Tibre, e o Deus dela se apossa.
Assim Marte gerou os seus filhos! — Uma loba
amamenta
Os Gémeos, e Roma nomeia-se princesa do mundo.