Olá galera, existem muitos mitos, verdades e afirmações sobre atletas e o consumo de álcool, é óbvio que o exagro atrapalha qualquer pessoa seja lá o que ela faça. mas a partir de que ponto a bebida alcólica interfere diretamente no rendimento do atleta? Existe alguma dose recomendada?
VALEU…!
Sim, atrabalha no desenvolvimento do atreta.
Anteriormente, alguns atletas consumiam álcool logo após ou durante um evento na esperança de aumentar o desempenho. Acreditava-se que o álcool diminuía a sensibilidade à dor e aumentava a confiança. Pensava-se que os efeitos adicionais sobre o sistema cardiovascular incluíam a redução de tremores e da excitação emocional induzida pelo estresse. Tais fatores são considerados importantes no desenvolvimento da prática de esportes que dependem do controle motor fino. Por esse motivo, embora não esteja mais na lista de substâncias que caracterizam o doping, elaborada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), o álcool continua banido de esportes como tiro e esgrima. Na prática do esporte moderno, poucos atletas consumiriam álcool durante o exercício com intenção de melhorar o desempenho. Mesmo em esportes como o dardo e o bilhar, em que os participantes geralmente bebem durante a competição, essa prática provavelmente reflete a cultura dos jogos praticados nos ambientes dos hotéis. De modo semelhante, algumas pessoas realizam exercícios, como esquiar, nos momentos de lazer, com nível positivo de álcool no sangue em razão das atividades sociais entre as sessões do exercício. Por isso, é útil examinarmos os efeitos do álcool sobre o metabolismo e o desempenho no exercício. É difícil, porém, determinar esses resultados, pois o álcool tem uma série de efeitos sobre vários tecidos do corpo, provocando grandes variações nas respostas individuais à ingestão de álcool.Em uma declaração oficial publicada em 1982 pela American College of Sports Medicine, foi feita uma avaliação dos efeitos mais sérios da ingestão do álcool sobre o metabolismo e o desempenho no exercício. A conclusão era de que o álcool não contribuía de forma significativa para as reservas de energia utilizadas durante o exercício; em situações de exercício prolongado, até poderia aumentar o risco de hipoglicemia em conseqüência da supressão da produção de glicose pelo fígado. O aumento da perda de calor pode estar associado a essa hipoglicemia, assim como a vasodilatação cutânea como conseqüência do exercício e que debilita a regulação da temperatura em ambientes frios.Estudos a respeito dos efeitos do álcool sobre as funções cardiovascular, respiratória e muscular fornecem resultados conflitantes. Esses resultados variam de acordo com a dose de álcool consumida; além disso, há considerável variabilidade nas respostas de indivíduos diferentes. É difícil realizar estudos sobre o álcool de acordo com os princípios ideais da pesquisa científica, pois não é fácil fornecer tratamento de placebo adequado – as pessoas geralmente sabem quando consomem grandes quantidades de álcool e esse conhecimento pode influenciar em seu desempenho. Comitês de ética também se apresentam relutantes em aprovar estudos que pareçam encorajar o consumo de álcool. A conclusão geralmente aceita é de que grandes ingestões de álcool não apresentam efeitos benéficos à função muscular e, na verdade, o álcool pode surtir efeitos prejudiciais sobre o desempenho no exercício quando consumido em doses altas.Estudos sobre o álcool, a habilidade e o controle motor fino mostram um efeito prejudicial de quantidades pequenas a moderadas no tempo de reação, coordenação entre mão-olho, precisão, equilíbrio e tarefas complexas. Na verdade, inexistem indícios que apontem para efeitos benéficos relacionados à redução no tremor muscular. Não obstante, a ingestão de álcool pode aumentar o sentimento de autoconfiança, o que, por sua vez, pode melhorar o desempenho ou a percepção do desempenho em algumas situações. Fortes são as razões para proibir os motoristas de dirigir veículos automotivos após consumirem quantidades moderadas a grandes de álcool, uma vez que isso interfere na habilidade e na capacidade de julgamento envolvidas nessa atividade. Nesse aspecto, o desempenho no esporte não é diferente do ato de dirigir.