Rainha dos condenados
A vida que flui, dentro de mim
não é realmente vida
As lágrimas que derramo são como tinta,
manchando meu rosto com tom avermelhado
Os poucos sorrisos que possuo, são roubados
Enganei todos, até a minha mesma,
quando me julguei capaz de ser feliz.
A noite chama por meu nome
Como se sereias me encantassem
E me conduzissem a morte.
Afogo-me em minhas lembranças
E quanto mais fundo, menos me arrependo.
Sou uma pecadora, sem perdão
Sem tempo para lamentações.
Dona de olhos escuros e profundos,
Onde qualquer um pode se perder
Sem nunca voltar.
Sigo nas sombras,
Caminhando em busca de nada
E em nome de nada continuo andando.
Sou uma amaldiçoada pela lua
Fadada a viver somente sobre sua luz
Sobre seu manto de escuridão e solidão.
Não sou uma sofredora, apenas uma condenada
Condenada ao inferno
Continuou, pois só há um caminho para mim
E sem volta.
Eu jamais serei esquecida,
Pois não sou a única.
Sou amiga das mentiras e intermediadora da verdade
Sou a vida em meio a morte
Sou mais que uma condenada.
Sou a rainha de todos o que precisarem de mim.
Todos que lutam contra si mesmo
Sou a Rainha dos Condenados
By: *Rainha dos Condenados*
Não me julgo realmente uma rainha(meu ego nunca foi grande mesmo), é que gosto muito das Crônicas Vampirescas, da Anne Rice, onde na série “Entrevista com o Vampiro”, o terceiro livro tem esse nome e me baseei nele para escrever esse poema e escolher meu nome.
Foi você que escreveu tudo isso? Parabéns!
De Anne Rice eu só li o Entrevista com o Vampiro mesmo e há muito tempo.
Seu poema contém algumas rimas, mas não é o que se possa chamar de poema rimado. Claro que isso não é problema, há muitíssimos poemas não rimados de qualidade.
E se eu fosse classificá-lo diria que é um poema romântico, da segunda geração. 😀
Até!
Olha, realmente muito bom, adorei. Gosto tanto de poemas mais obscuros como esse, falando que a vida não é um mar de rosas como muitos pensam.
Parabéns!!
HAUSUAHSUA
perfeito