Não vou conter o orvalho da dor,
Lágrima que brota,
Sae da alma,
Como um cintilante vapor.
Não vou conter a poesia,
Se é tristeza ou alegria,
Vou inspirar o sonhador…
Se sou poeta, se sou triste,
A arte em mim, existe,
Mesmo que aniquile o amor.
Se sou poeta, eu sou gente,
Nesse momento impregnado,
Pela depressão presente.
Escrevo, em papel rasgado.
Sem limite, sem preocupar,
Dois versos, para rimar,
Ou quem sabe, nada…
Estou mesmo para improvisar.
Sou poeta, eu sou gente.
Aqui, tento esboçar,
Não nasci pra brilhar.
seja como for, sou poeta, na alegria ou na dor. Obrigada, Lisboa.
Excelente poesia,vejo que abraça fortemente
a grande Cecília Meireles…
Um amplexo
Marcelo Lisboa
Parabéns, gostei muito do que você escreveu, e acho que os verdadeiros poetas escrevem sobre sentimentos, seja lá quais forem.
Em troca, deixarei um pouco de minhas emoções contigo…
Outro Lado
Eu vejo meu reflexo
Uma sombra rasa de tudo que eu sou
Toco minha face
Somente uma máscara
O melhor sempre está dentro
Do outro lado
Aquele no qual você escuta seu coração
E suas batidas que revelam seus desejos
Na paz de meu ser eu mergulho
Sem olhar para o outro lado do espelho
Qual a importância do amor
Para o que é apenas uma imagem?
Traço com o dedo minha boca
Onde a verdade de minha mente reina
Enxergo meus olhos do outro lado
Olhos escuros
Que uma mera cópia de vidro jamais copiaria
Ou seria capaz de ver o que realmente está ali
Pois o outro lado é limitado
Assim como limitador
Aos que só sabem viver
A margem desse outro lado.
*Rainha dos Condenados*
Abraços
Parabéns, também não nasci para brilhar, não conheço poesia, mas ao ler a intuição avisa que está perfeita.
Não é um poema perfeito, mas que é bom, isso ele é.
Adorei o poema, é realmente assim que um poeta é, e se sente. Parabéns, retratou muito bem isso.
Muito boa, continue em frente!