Por que a esquerda mundial não gostou da morte do Bin Laden?

vc n vai eleger a minha a melhor resposta, mais sincera-mente, quanto as vitimas que os EUA fizeram, no Iraq e nos outros paises daquela ragião. Se os EUA podem atacar e matar, os outros tb podem.
vc6 pagam pau pos EUA, e os outros paises tem medo deles.
A e cada um tem sua crença em Deus por isso respeite, muçulmanos, judeus, etc pois enquanto o ocidente fazia “cuia” de barro o oriente fazia taças de Ouro.

Osama Bin Laden, biologicamente, já estava morto há muito tempo. O que foi morto agora foi o seu espantalho. Aquele espantalho que George Walker Bush usou tantas vezes para controlar o povo americano e fazê-lo concordar com tudo que Bush e seu grupo precisavam fazer em benefício próprio, aquele espantalho que sempre reaparecia nos momentos mais propícios para a política norte-americana e que foi o cabo eleitoral mais importante, mais decisivo para a reeleição de George W. Bush.

Essa “morte” de Bin Laden me faz lembrar da queda do Muro de Berlim: durante 28 anos, o mundo foi dividido simbolicamente por aquele muro: de um lado tinhamos Berlim Ocidental, que representava os países capitalistas, encabeçados pelos EUA, e de outro Berlim Oriental, que representava os países socialistas simpatizantes da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O muro de Berlim foi construído na madrugada de 13 de agosto de 1961. Esse muro provocou a morte de 80 pessoas identificadas, ferimentos em 112 e a prisão de milhares que tentaram atravessá-lo. O muro de Berlim simbolizava a “cortina de ferro” que assobrou o mundo durante 28 anos. Mas, quando esse fantasma não atendia mais às necessidades dos dois “lados”, ele foi derrubado em um dia. De repente, o mundo “era um só”.

Centenas de milhões em todo o mundo pensaram que os ventos da liberdade passariam pelo novo espaço aberto, mas o que se seguiu foi um mundo mais perigoso, pois o mundo agora é unido para dar apoio a guerras injustas e sem quaisquer justificativas, como as do Afeganistão e do Iraque. A justificativa dos EUA e seus aliados para lançar guerra contra o Afeganistão foi que esse país abrigava Osama Bin Laden. Entretanto, Bin Laden sempre estivera no país vizinho – e aliado dos EUA -, o Paquistão. A justificativa dos EUA e seus aliados para a invasão do Iraque, era que Saddam Hussein apoiara Bin Laden. O tempo deixou patente que Saddam Hussein nunca deu qualquer apoio a Bin Laden – assim como nunca teve armas de destruição em massa. Enquanto isso, centenas de milhões de pessoas inocentes foram mortas de forma cruel e violenta. Os EUA e seus aliados aproveitaram as guerras para se apropriar de trilhões de dolares em riquezas produzidas nos territórios ocupados, mas, como fortuna roubada não enriquece ninguém, esses países atravessam, desde outubro de 2008, uma grandiosa e invencível crise financeira e econômica.

O fantasma de Osama Bin Laden não serve mais para nada – até porque as recentes revoltas no mundo árabe mostraram que Bin Laden não exerce qualquer influência sobre os árabes. Só restou aos EUA, então, sepultar o fantasma. Como fantasma não tem corpo, só se tem notícia de seu “sepultamento” no mar. A propósito: não é estranho que os mesmos EUA que tanto se orgulharam em mostrar, em todas as mídias, os corpos dos filhos de Saddam Hussein, Uday e Qusay, até dessosando o cadáver de Uday para comprovar que era mesmo o corpo dele que jazia naquele necrotério improvisado; os mesmos EUA que facilitaram a divulgação do vídeo do assassinato de Saddam Hussein, mostrando, com detalhes, seu enforcamento, seu rosto agonizante, seu corpo sem vida – agora não tenham nenhum interesse em exibir o corpo de Osama Bin Laden – o declarado autor intelectual dos atentados de 11 de setembro de 2001? Se os EUA tiveram tanto interesse em provar cabalmente mortes de pessoas que nada tinham a ver com os atentados que justificariam as suas mortes, por que não mostram o mesmo interesse em exibir como “troféu de guerra” o corpo do “principal responsável pelas mortes de 2.977 pessoas no WTC e no Pentágono”.

A morte do fantasma de Bin Laden talvez seja o início de uma nova etapa da Guerra dos EUA. O problema será encontrar um “inimigo público” como Saddam Hussein, contra quem todos concordem em lançar seus cães de guerra para violar todos os Tratados Internacionais dos Direitos Humanos. Os EUA e seus principais aliados precisam encher novamente suas taças com sangue inocente, precisam, desesperadamente, se apropriar das riquezas de alguma nação próspera e desarmada para continuar sua luxúria e seus gastos astronômicos. Mas será tão fácil arranjar um outro cordeiro como Saddam Hussein para ser imolado para que os bodes “se salvem”?

Bin Laden não reaparecerá, pelo mesmo motivo que um novo muro de Berlim não foi reconstruído: tudo tem seu devido tempo e essas são “ameaças” que não funcionam mais, não amendrontam mais, não são mais capazes de pôr populações inteiras sob controle.