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Anônimo(a)

Pra quem sabe sobre o milagre grego?

Qual é a definição e as consequencias do milagre Grego?

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2 Respostas

  1. Os historiadores da filosofia dizem que ela possui data e local de nascimento: final do século VII e inicio do século VI antes de Cristo, nas colônias gregas da Ásia Menor (particularmente as que formavam uma região denominada Jônia), na cidade de Mileto. E o primeiro filosofo foi Tales de Mileto.

    Alem de possuir data e local de nascimento e de possuir seu primeiro autor, a filosofia também possui um conteúdo preciso ao nascer: é uma cosmologia. A palavra cosmologia é composta de duas outras, cosmos que significa mundo ordenado e organizado; e logia que vem da palavra logos, que significa pensamento racional, discurso racional, conhecimento. Assim, a filosofia nasce como conhecimento racional da ordem do mundo ou da Natureza, donde cosmologia.

    Os padres da Igreja, por sua vez, queriam mostrar que os ensinamentos de Jesus eram elevados e perfeitos, não eram superstição nem primitivos e incultos, e por isso mostravam que os filósofos gregos estavam filiados a correntes de pensamento místico e oriental e, dessa maneira, estariam próximos do cristianismo, que é uma religião oriental.

    No entanto, nem todos aceitaram a tese chamada “orientalista”. E muitos, sobretudo no século XIX da nossa era, passaram a falar n filosofia como sendo o “milagre grego”.

    Com a palavra “milagre” queriam dizer varias coisas:

    • Que a filosofia surgiu inesperada e espantosamente na Grécia, sem que nada anterior a preparasse;

    • Que a filosofia grega foi um acontecimento espontâneo, único e sem par, como é próprio de um milagre;

    • Que os gregos foram um povo excepcional, sem nenhum outro semelhante a eles, nem antes nem depois deles, e por isso somente eles poderiam ter sido capazes de criar a filosofia, como foram os únicos a criar as ciências de dar ás artes uma elevação que nenhum outro povo conseguiu, nem antes nem depois deles.

    O que perguntavam os primeiros filósofos

    Por que os seres nascem e morrem? Por que os semelhantes dão origem aos semelhantes, de uma árvore nasce outra arvore, de um cão nasce outro cão, de uma mulher nasce uma criança? Por que os diferentes também parecem fazer surgir os diferentes: o dia parece fazer nascer à noite, o inverno parece fazer surgir à primavera, um objeto escuro clareia com o passar do tempo, um objeto claro escurece com o passar do tempo?

    Por que tudo muda? A criança se torna adulta, amadurece, envelhece e desaparece. A paisagem, cheia de flores na primavera, vai perdendo o verde e as cores no outono, até ressecar-se e retorcer-se no inverno.

    Por que a doença invade os corpos, rouba-lhes a cor, a força? Por que o alimento que antes me agradava, agora, que estou doente, me causa repugnância? Por que o som da musica que antes me embalava, agora que estou doente, parece um ruído insuportável?

    Por que as coisas se tornam opostas ao que eram? Á água do copo, tão transparente e de boa temperatura, torna-se uma barra dura e gelada, deixa de ser liquida e transparente para tornar-se sólida e acinzentada.

    Mas, também, por que tudo parece repetir-se? Depois do dia, à noite; depois da noite, o dia. Depois do inverno, a primavera, depois da primavera, o verão, depois deste, o outono e depois deste, novamente o inverno. De dia, o sol; à noite, a lua e as estrelas. Na primavera, o mar é tranqüilo e propicio á navegação; no inverno, tempestuoso e inimigo dos homens. O calor leva as águas para o céu e as traz de volta pelas chuvas. Ninguém nasce adulto ou velho, mas sempre criança, que se torna adulto e velho.

    Sem duvida, a religião, as tradições e os mitos explicavam todas essas coisas, mas suas explicações já não satisfaziam aos que interrogavam sobre as causas da mudança, da permanência, da repetição, da desaparição e do ressurgimento de todos os seres. Haviam perdido força explicativa, não convenciam nem satisfaziam a quem desejava conhecer a verdade sobre o mundo.

  2. Nem oriental, nem milagre

    Desde o final do s�culo XIX da nossa era e durante o s�culo XX, estudos hist�ricos, arqueol�gicos, ling��sticos, liter�rios e art�sticos corrigiram os exageros das duas teses, isto �, tanto a redu��o da Filosofia � sua origem oriental, quanto o �milagre grego�.

    Retirados os exageros do orientalismo, percebe-se que, de fato, a Filosofia tem d�vidas com a sabedoria dos orientais, n�o s� porque as viagens colocaram os gregos em contato com os conhecimentos produzidos por outros povos (sobretudo os eg�pcios, persas, babil�nios, ass�rios e caldeus), mas tamb�m porque os dois maiores formadores da cultura grega antiga, os poetas Homero e Hes�odo, encontraram nos mitos e nas religi�es dos povos orientais, bem como nas culturas que precederam a grega, os elementos para elaborar a mitologia grega, que, depois, seria transformada racionalmente pelos fil�sofos.

    Assim, os estudos recentes mostraram que mitos, cultos religiosos, instrumentos musicais, dan�a, m�sica, poesia, utens�lios dom�sticos e de trabalho, formas de habita��o, formas de parentesco e formas de organiza��o tribal dos gregos foram resultado de contatos profundos com as culturas mais avan�adas do Oriente e com a heran�a deixada pelas culturas que antecederam a grega, nas regi�es onde ela se implantou.

    Esses mesmos estudos apontaram, por�m, que, se nos afastarmos dos exageros da id�ia de um �milagre grego�, podemos perceber o que havia de verdadeiro nessa tese. De fato, os gregos imprimiram mudan�as de qualidade t�o profundas no que receberam do Oriente e das culturas precedentes, que at� pareceria terem criado sua pr�pria cultura a partir de si mesmos. Dessas mudan�as, podemos mencionar quatro que nos dar�o uma id�ia da originalidade grega:

    1. Com rela��o aos mitos: quando comparamos os mitos orientais, cretenses, mic�nicos, min�icos e os que aparecem nos poetas Homero e Hes�odo, vemos que eles retiraram os aspectos apavorantes e monstruosos dos deuses e do in�cio do mundo; humanizaram os deuses, divinizaram os homens; deram racionalidade a narrativas sobre as origens das coisas, dos homens, das institui��es humanas (como o trabalho, as leis, a moral);

    Continua… Acesse fonte!

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