explique porque ocorreu a divisão da alemanha após segunda guerra mundial ?
Anônimo(a)
perguntou em 3 de março de 20112011-03-03T16:35:47-03:00 2011-03-03T16:35:47-03:00História
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Porque os dois a queriam e para nao brigaram mais ainda resolveram dividir
sacas?
Após o termino da segunda guerra mundial a União Soviética tinha planos para implementar o socialismo na Alemanha, as potências capitalistas Reino Unido, França e Estados Unidos tinham planos para implementar o Plano Marshall na Europa. Então eles fizeram um acordo com a URSS para dividir a Alemanha em duas. Após alguns começavam a faltar comida na Alemanha oriental e os alemães desejavam a saída dos soviéticos da Alemanha, para impedir a saída dos moradores foi construído o muro de Berlim.
Desculpa, essa eu não sei
Ao fim da Segunda Grande Guerra, em 1945, a Alemanha ficou dividida em quatro zonas de ocupação, conforme definido na Conferência de Potsdam (Potsdam é uma cidadezinha nos arredores de Berlim). Assim dividiu-se o território do Reich em zona de ocupação americana, zona de ocupação britânica, zona de ocupação francesa (os franceses conseguiram, numa verdadeira proeza, garantir posição entre os aliados com a representação de De Gaulle) e, zona de ocupação soviética. Essa divisão foi também estendida à cidade de Berlim, que até então estava ocupada somente pelos soviéticos.
Em meados de 1948 as zonas francesa, americana e britânica unificaram-se sob a autoridade militar do comando de ocupação aliado, sob liderança dos Estados Unidos e essas quatro zonas dariam origem à República Federal Alemã (RFA) de orientação democrática e próspera. A zona soviética, daria origem à República Democrática Alemã, que de “democrática” só tinha o nome e tampouco era uma República mas um tipo de ditadura em que o poder ficaria nas mãos de Walter Ulbricht (um vassalo dos russos) até sua morte nos anos 1970. Essa “Alemanha Oriental” era dominada pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Alemães, SDE, o partido comunista, e era reconhecida por seu caráter de atraso econômico em relação à Alemanha Ocidental e sua tutela à URSS, tutela esta que teria na construção do Muro de Berlim, em 1961, um de seus mais trágicos capítulos com a divisão da cidade (Berlim ocidental fica dentro do território que era da RDA).
Assim teríamos duas Alemanhas até o fim dos anos 1980 (entre 1989 e 90) quando se daria afinal a reunificação alemã sob o regime democrático da RFA.*
Se o fim da 2ª. Guerra Mundial representaria uma libertação, é necessário perguntar quem são os libertadores, quem são os libertados e do que ele teria libertado a Alemanha?
Iniciemos pelos milhões de vítimas pois, afinal, em nosso entendimento, são elas que merecem todo o respeito e devem ocupar a centralidade em nossa memória. São os judeus, ciganos, homossexuais, presos políticos e todos os que, de uma forma ou outra, resistiram ao totalitarismo e pagaram com suas vidas e seu sofrimento. Esses grupos podemos caracterizar de vítimas e, quando as tropas soviéticas invadiram Auschwitz, podemos, realmente, identificar o fato como um ato de libertação de pessoas sobreviventes do nazismo, mesmo que, como sabemos, soldados soviéticos as tenham torturado posteriormente. Entre essas vítimas estão alemães mas, a maioria do povo alemão não foi vítima do nazismo; pelo contrário, não desejava a derrota de Hitler e uma possível “libertação” do totalitarismo que elegeu. A idéia de libertação, neste contexto, legitima a suposição de que o povo alemão tenha sido oprimido por uma minoria nazista desde 1933, o que não confere com a realidade: o nazismo teve uma base social e um contexto histórico que permitiu sua emergência e ascensão, e parte de seus valores ainda continuam presentes, inclusive nos atuais partidos políticos.
A Alemanha está situada geograficamente no espaço estratégico que dividia os interesses presentes durante a Guerra Fria, o que justifica sua divisão em duas áreas distintas no período pós-guerra. Curiosamente, o país derrotado em 1945 aparece como vencedor com a “unificação” em 1989, o ano que para alguns historiadores chega a ser identificado como o verdadeiro marco do final da 2ª. Guerra Mundial. Neste aspecto, em particular, não ocorreu uma unificação e sim uma anexação da Alemanha Oriental à Alemanha Ocidental.
Com o fim da União Soviética, o potencial bélico do capitalismo ocidental se deslocou para outros territórios utilizando, entretanto, novamente, a idéia de “libertação” desses povos para legitimar seus interesses de poder. Dessas pretensões, a Alemanha não foi nem está liberta, mesmo ocupando uma posição coadjuvante na estruturação do atual imperialismo capitalista mundial, o que minimiza as recentes declarações otimistas de que a participação numa guerra estaria completamente descartada para o futuro do país.
Beijocas…