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Anônimo(a)

Quais acontecimentos marcaram a divisão da Alemanha no segundo pós – guerra?

Quais acontecimentos marcaram a divisão da Alemanha no segundo pós – guerra?

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1 Answer

  1. Berlim, fora conquistada pelo Exército Vermelho, mas disposições do Tratado de Yalta, confirmadas pelo de Potsdam, haviam estabelecido que não importaria quem chegasse primeiro à capital do III Reich nazista, os principais Aliados comprometiam-se a dividir o território alemão entre si. Assim a Alemanha e particularmente Berlim foram dividas em quatro setores: o russo, majoritário; o americano; o inglês e o francês. Os Aliados não conseguiam definir uma política comum para a Alemanha vencida. Na Conferência de Potsdam, que ocorreu entre 17 de julho e 2 de agosto de 1945 para estabelecer as bases de uma nova ordem européia no pós-guerra, só houve consenso quanto a quatro ações prioritárias na Alemanha: desnazificar, desmilitarizar, descentralizar a economia e reeducar os alemães para a democracia.
    Muitas indústrias alemãs haviam escapado dos bombardeios, mas a pequena oferta de produtos estava longe de suprir a demanda, e os Aliados confiscaram grande parte da produção para o pagamento da reparação de guerra. A política econômica restritiva dos Aliados só mudou quando se impôs a convicção de que a Alemanha Ocidental poderia ser um importante baluarte contra o avanço do comunismo soviético.
    Embora recebesse ajuda dos EUA desde 1946, foi só com o programa de luta contra “a fome, a pobreza, o desespero e o caos” que a Alemanha Ocidental recebeu o impulso decisivo para iniciar sua reconstrução. O chamado Plano Marshall disponibilizou 1,4 bilhão de dólares de 1948 a 1952.
    A Zona de Ocupação Soviética não teve a mesma sorte, tendo que arcar sozinha com os custos de sua recuperação, além de sofrer a sangria das reparações de guerra (que também afetou a parte ocidental) e o esvaziamento pela desmontagem de fábricas, estradas de ferro e instalações que eram levadas para a União Soviética.
    Após unir suas três zonas de ocupação, os aliados ocidentais – Estados Unidos, França e Reino Unido – decidiram, em 20 de junho de 1948, implantar uma reforma monetária e criar um Estado provisório sob seu controle. Stalin reagiu ordenando que o lado ocidental de Berlim fosse totalmente bloqueado. Todas as estradas de rodagem e de ferro que ligavam-na à Alemanha Ocidental foram fechadas, na tentativa de fazer com que os aliados ocidentais desistissem da sua parte na cidade. Ou saíam ou os berlinenses morreriam de fome e frio. Isolado das zonas ocidentais e da Berlim Oriental, o oeste de Berlim ficou sem luz e sem alimentos de 23 de junho de 1948 até 12 de maio de 1949. Nesse período o abastecimento da população berlinense foi garantida pelos Aliados por ponte aérea.

    Com o azedar da relação entre os vencedores as quatro zonas reduziram-se a duas: a ocidental e a soviética (territórios a leste dos rios Oder e Neisse). Em maio de 1949 criaram a República Federal da Alemanha com capital em Bonn. A União Soviética criou a República Democrática Alemã, tendo Berlim Oriental como capital. Seu regime era comunista e de economia planificada, dando prosseguimento à socialização da indústria e ao confisco de terras e de propriedades privadas. O Partido Socialista Unitário passou a ser a única força política na “democracia antifascista” alemã-oriental.
    Com o surgimento de dois Estados, a Alemanha tornou-se o marco divisório de dois blocos e sistemas político-econômicos antagônicos liderados pelos EUA, de um lado, e pela União Soviética, de outro. Em nenhuma outra parte do mundo a Guerra Fria se manifestou com tanta intensidade.
    Nas primeiras horas do dia 13 de agosto de 1961, a população de Berlim, próxima à linha que separava a cidade em duas partes, foi despertada por barulhos estranhos, exagerados. Ao abrirem suas janelas, depararam-se com um inusitado movimento nas ruas a sua frente. Vários Vopos, os milicianos da RDA (República Democrática da Alemanha), a Alemanha comunista, acompanhados por patrulhas armadas, estendiam de um poste a outro uma interminável barreira de arame farpado que se extendeu nos meses seguintes, por 37 quilômetros adentro da zona residencial da cidade. Enquanto isso, atrás deles, trabalhadores desembarcavam dos caminhões descarregando tijolos, blocos de concreto e sacos de cimento. Ao tempo em que algum deles feriam o duro solo com picaretas e britadeiras, outros começavam a preparar a argamassa. Assim, do nada, começou a brotar um muro, o pavoroso Mauer, como o chamavam os alemães. Resultou que mais de três milhões de pessoas padeceram a experiência de ter a cidade dividida por um imenso muro. Situação de verdadeira esquizofrenia geopolítica que a separou em duas metades, cada uma delas governada por regimes politicos ideologicamente inimigos. Abominação provocada pela guerra fria, o Muro de Berlim foi durante 28 anos o símbolo da rivalidade entre Leste e Oeste, e, também, um atestado do fracasso do socialismo real em se manter como um sistema atraente para a maioria da população alemã. A divisão alemã persistiu até 1990.

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