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Anônimo(a)

quais foram os dois primeiros filosofos que utilizaram o’termo alienação?

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1 Resposta

  1. Histórico

    O conceito de alienação tem raízes no pensamento de Hegel e Karl Marx, mas cabe destacar uma importante observação complementar, a de Ludwig Feuerbach, mestre de Marx, para quem as formas paroxísticas da alienação humana seriam o êxtase e o arrebatamento religiosos.

    Para Hegel, a alienação é um processo essencial pelo qual a consciência ainda ingênua, convencida de que a realidade do mundo é independente dela mesma, chega a tornar-se consciência de si. Essa transformação da consciência em consciência de si é descrita na Phänomenologie des Geistes (1807; Fenomenologia do espírito). Para Hegel, o concreto reside na unidade dos termos contraditórios que entram em confronto. Cada termo é a negação de seu próprio oposto, sendo o movimento interno do sujeito a “negação da negação”. A luta desses opostos é mortal, pois o ser de cada um deles está no outro, que o desafia e nega. A posse de si mesmo fica assim condicionada à destruição do outro, que detém a verdade e o absoluto. Concebida nesses termos, a alienação é, portanto, além de profunda, necessariamente intrínseca e primordial: o ser de cada indivíduo não reside em si próprio e sim em seu oposto, no qual corre o risco de se diluir.

    Para Marx, a alienação refere-se a uma situação resultante dos fatores materiais dominantes da sociedade, caracterizada por ele sobretudo no sistema capitalista, em que o trabalho humano se processa de modo a produzir coisas que imediatamente são separadas dos interesses e do alcance de quem a produziu, para se transformarem, indistintamente, em mercadorias.

    Marx, situando o homem na raiz da história (o homem concreto, que define com o trabalho sua relação com seus semelhantes e com a natureza), inverte a dialética hegeliana. De acordo com a dialética de Marx, o processo de alienação leva o ser genérico do homem — expresso pelo trabalho — a converter-se em instrumento de sua sobrevivência, o que ocorre, primeiro, na relação do produtor com o produto e, em seguida, na relação do produtor com os consumidores do produto. A alienação transforma o operário em escravo de seu objeto, mas o processo não se detém aí, já que o trabalho é mercadoria que produz bens de consumo para outrem. Na verdade, ocorre a alienação do homem perante o próprio homem: ao produzir um bem que não lhe pertence, o homem propicia o jugo daquele que não produz sobre a produção e o produto, deixando assim que o outro, alheio à produção, se aproprie dela.

    Dá-se assim a “reificação” ou coisificação social, ou seja, a conversão de todas as relações sociais em formas de mercadorias, que abrangeriam o próprio homem, desse modo já submerso na fantasmagoria das relações entre as coisas. Sintetizando-se o problema, a alienação seria ocasionada pela divisão de trabalho e, de outro lado, pela separação entre o trabalho e o produto dele resultante. Os reflexos alienatórios seriam inevitáveis tanto na filosofia como nas instituições políticas e sociais, na religião, na literatura e nas artes.

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