Quais são as características do homem, enquanto objeto de estudo da antropologia?
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Exemplifiquemos a controvérsia sobre a existência ou não de uma natureza humana, bem como sobre seus elementos constitutivos: do ponto de vista dos evolucionistas, o homem é resultado de um processo evolutivo contínuo, e sua vida representa a passagem de formas inferiores e mais simples para formas superiores e mais complexas. O homem é apenas mais perfeito; no entanto descende, em linha direta, de seus antepassados animais. Para os representantes da antropologia filosófica, há um salto qualitativo do animal para o homem que não pode ser explicado por transformações progressivas, mas somente por uma diferenciação inicial entre ambos.
Essência: Aquilo que faz cada coisa ser ela mesma e não outra; o que a distingue das demais, colocando à parte características acidentais e secundárias, como forma, tamanho, cor, etc. É a natureza de cada coisa.
Retomando a indagação inicial, qual ou quais são essas características distintivas do ser humano? O que, na verdade, constitui a essencialidade do homem? Como resultado de um exercício de “tempestade cerebral”, chega-se a um número relativamente amplo de respostas:
é um ser que tem alma ou espírito;
é livre;
elege valores e atua de acordo com eles;
tem uma inteligência teórica e sentimento superiores;
vive em sociedade e tem uma história, porque é capaz de evoluir constantemente;
cria bens culturais e faz uso de uma linguagem convencional, etc.
Agrupando essas diferentes respostas, pode-se afirmar que a linguagem convencional, bem como as normas morais e valores que regem a conduta de um indivíduo ou de um grupo, são bens culturais que resultam da vida do homem em sociedade; toda cultura é histórica em sua origem e em suas projeções; o homem é livre porque pode fazer escolhas e isso é possível somente porque possui uma inteligência teórica.
Cada uma dessas afirmações será detalhada em nossas próximas aulas. No momento, é oportuno refletir sobre os elementos fundamentais que caracterizam o homem e que, ao mesmo tempo, o diferenciam dos demais seres presentes no mundo.
O homem é objeto de estudo das mais diferentes ciências, como Biologia, Psicologia, Sociologia, Antropologia, etc., que procuram descrever e explicar os aspectos multiformes de sua vida.
Na condição de ser-no-mundo, o homem se comunica com a realidade de diversas maneiras:
pela linguagem, que é a estruturação e articulação concreta do pensamento por meio da palavra;
pela ação intersubjetiva, que se realiza em termos da moral e da avaliação estética;
pela atuação dentro da coletividade, que é a realidade política;
pela inserção no mundo, que é produto do passado projetado no presente, isto é, a história.
É esse o caminho seguido pela interrogação filosófica a respeito do homem. A Filosofia, ao se ocupar do ser humano, tem como finalidade provocar uma reflexão sobre sua natureza, bem como sobre o processo de produção de sua existência, e busca transformar experiências vividas em experiências compreendidas. Dessa forma, é possível afirmar que a Filosofia procura compreender o sentido e o significado da existência do homem em seus diferentes aspectos.