pessoal preciso da resposta dessa pergunta urgente. por favor me ajudem!!!!!
Anônimo(a)
perguntou em 24 de julho de 20092009-07-24T16:56:44-03:00 2009-07-24T16:56:44-03:00Combustíveis Alternativos
qual a importância da crise do petróleo?
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A resposta para essa questão é muito simples. A crise do petróleo terá como consequência o aumento nos preços dos barris de petróleo, desta forma o consumo deste ira diminuir, o que ira ocasionar uma menor liberação de gás carbônico para o ar, o que ira amenizar o problema do aquecimento global.
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A crise do petróleo e os biocombustíveis
Edison Lobão, ministro de Minas e Energia
É preciso conter a escalada dos preços do petróleo. Essa foi a principal conclusão
do fórum que, no mês passado, reuniu em Jeddah, na Arábia Saudita, ministros de
energia, líderes e dirigentes das maiores companhias petrolíferas do mundo. Por
designação do presidente Lula, chefiei a delegação brasileira nesse encontro de
emergência, no qual o Brasil foi reconhecido como player importante no mercado
mundial.
Nos dois choques do petróleo, em 1973 e 1979, o Brasil sofreu o impacto da
elevação dos preços, principalmente porque havia uma forte dependência, materializada
na importação de 80% do óleo bruto então consumido no País. A partir do novo patamar
de preços e das necessidades de crescimento econômico e desenvolvimento industrial, o
País adotou duas grandes estratégias para contornar a crise: investimentos para aumento
da produção doméstica de petróleo e a implementação do Proálcool, o maior e mais
bem-sucedido programa de substituição de combustíveis derivados de petróleo do
mundo. Hoje, a matriz energética brasileira é a que conta com a maior participação de
energias renováveis – um exemplo de sustentabilidade.
Segundo a Opep, os preços do petróleo podem alcançar, em breve, US$ 200 o
barril, e muitos analistas acreditam que ele nunca mais será inferior a US$ 100. Quais as
conseqüências desse novo patamar? Para o Brasil, o grau de dependência é infinitamente
inferior àquele verificado nas décadas de 1970 e 1980, o que nos permite afirmar que,
com uma política energética adequada, poderemos enfrentar os desafios do futuro. Mas,
a se manterem os preços atuais, haverá recessão em muitos países por conta do impacto
dos preços dos energéticos na economia, inclusive nos preços dos alimentos. Aumentará
a necessidade de políticas de conservação de energia, de ampliação da fronteira de
prospecção e aproveitamento das reservas existentes e, principalmente, da busca por
fontes renováveis de energia. Esta é a mais poderosa arma no combate à escalada de
preços das commodities agrícolas.
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É impressionante e inaceitável que, nesse contexto, o Brasil tenha que defender a
sua política de produção e uso de biocombustíveis contra críticas acirradas e, por vezes,
insanas, que se valem do conceito de sustentabilidade para esconder razões menos
nobres. Sustentabilidade abrange aspectos sociais, econômicos e ambientais.
Quanto ao aspecto econômico, o Brasil é reconhecido como o produtor mais
competitivo de biocombustíveis. O etanol da cana-de-açúcar compete com a gasolina em
uma cadeia de preços livres de subsídios. Na área social, o cultivo de cana-de-açúcar e
de oleaginosas na produção de etanol e biodiesel contribui para a geração de empregos
sustentados no campo. No caso do etanol, mais de 1 milhão de empregos diretos são
gerados e, no caso do biodiesel, mais de 100 mil famílias de pequenos agricultores
participam do processo produtivo.
A questão ambiental é muito importante. Os biocombustíveis são instrumentos
valiosos na redução da emissão de CO2 na atmosfera. Se considerarmos o consumo dos
combustíveis por veículos leves, entre 1970 e 2007, constatamos que, com a utilização
do álcool, tivemos uma economia efetiva acumulada de 854 milhões de barris
equivalentes de petróleo, o que representa 15 meses da produção nacional de petróleo
(1,9 milhões de barris/dia), ou, ainda a cinco anos do consumo de combustíveis em
veículos leves no Brasil.
Se incluirmos nesse cálculo o volume de etanol que substituiu a gasolina
exportada pelo Brasil no período, considerando que a demanda energética foi suprida
pelo etanol, teremos economizado quase 1,25 bilhão de barris equivalentes de petróleo.
Nesse período, a utilização do álcool como combustível, puro ou misturado à gasolina,
evitou a emissão de 800 milhões de toneladas de CO2.
Na reunião de Jeddah, os líderes e ministros de 36 nações concordaram que a
transparência e a regulação dos mercados financeiros devem ser aprimoradas para frear
a especulação financeira. Resta agora reconhecer a importância dos biocombustíveis no
processo de desenvolvimento de uma nova matriz energética sustentável para o mundo.
Trata-se de fator estratégico que deve ser reconhecido não como antagônico à indústria
do petróleo, mas como um elemento que agrega valor ambiental aos combustíveis
fósseis, tornando-os menos danosos ao planeta. O Brasil está decidido a compartilhar sua
expertise nesse campo e não fugirá ao desafio que as mudanças climáticas impõem.
Com o petróleo mais caro a poluição diminui (acho) e com o petróleo mais barato ela aumenta.