Cadastre-se

Para realizar o cadastro, você pode preencher o formulário ou optar por uma das opções de acesso rápido disponíveis.

Entrar

Por favor, insira suas informações de acesso para entrar ou escolha uma das opções de acesso rápido disponíveis.

Forgot Password,

Lost your password? Please enter your email address. You will receive a link and will create a new password via email.

Captcha Clique na imagem para atualizar o captcha.

Você deve fazer login para fazer uma pergunta.

Please briefly explain why you feel this question should be reported.

Please briefly explain why you feel this answer should be reported.

Please briefly explain why you feel this user should be reported.

PergunteAqui Latest Perguntas

  • 0
Anônimo(a)

Qual é o melhor poema de todos os tempos?

Para mim é de Pablo Neruda. “Posso escrever os versos mais tristes esta noite…”

Você precisa entrar para adicionar uma resposta.

5 Respostas

  1. Carlos Drummond Andrade

    Quando encontrar alguém e esse alguém fizer
    seu coração parar de funcionar por alguns segundos,
    preste atenção: pode ser a pessoa
    mais importante da sua vida.

    Se os olhares se cruzarem e, neste momento,
    houver o mesmo brilho intenso entre eles,
    fique alerta: pode ser a pessoa que você está
    esperando desde o dia em que nasceu.

    Se o toque dos lábios for intenso, se o beijo
    for apaixonante, e os olhos se encherem
    d’água neste momento, perceba:
    existe algo mágico entre vocês.

    Se o 1º e o último pensamento do seu dia
    for essa pessoa, se a vontade de ficar
    juntos chegar a apertar o coração, agradeça:
    Algo do céu te mandou
    um presente divino : O AMOR.

    Se um dia tiverem que pedir perdão um
    ao outro por algum motivo e, em troca,
    receber um abraço, um sorriso, um afago nos cabelos
    e os gestos valerem mais que mil palavras,
    entregue-se: vocês foram feitos um pro outro.

    Se por algum motivo você estiver triste,
    se a vida te deu uma rasteira e a outra pessoa
    sofrer o seu sofrimento, chorar as suas
    lágrimas e enxugá-las com ternura, que
    coisa maravilhosa: você poderá contar
    com ela em qualquer momento de sua vida.

    Se você conseguir, em pensamento, sentir
    o cheiro da pessoa como
    se ela estivesse ali do seu lado…

    Se você achar a pessoa maravilhosamente linda,
    mesmo ela estando de pijamas velhos,
    chinelos de dedo e cabelos emaranhados…

    Se você não consegue trabalhar direito o dia todo,
    ansioso pelo encontro que está marcado para a noite…

    Se você não consegue imaginar, de maneira
    nenhuma, um futuro sem a pessoa ao seu lado…

    Se você tiver a certeza que vai ver a outra
    envelhecendo e, mesmo assim, tiver a convicção
    que vai continuar sendo louco por ela…

    Se você preferir fechar os olhos, antes de ver
    a outra partindo: é o amor que chegou na sua vida.

    Muitas pessoas apaixonam-se muitas vezes
    na vida poucas amam ou encontram um amor verdadeiro.

    Às vezes encontram e, por não prestarem atenção
    nesses sinais, deixam o amor passar,
    sem deixá-lo acontecer verdadeiramente.

    É o livre-arbítrio. Por isso, preste atenção nos sinais.
    Não deixe que as loucuras do dia-a-dia o deixem
    cego para a melhor coisa da vida: o AMOR !!!
    Carlos Drummond Andrade

  2. MINHA MUSA
    Minha musa é a lembrança
    Dos sonhos em que eu vivi,
    É de uns lábios a esperança
    E a saudade que eu nutri!
    É a crença que alentei,
    As luas belas que amei
    E os olhos por quem morri!

    Os meus cantos de saudade
    São amores que eu chorei,
    São lírios da mocidade
    Que murcham porque te amei!
    As minhas notas ardentes
    São as lágrimas dementes
    Que em teu seio derramei!

    Do meu outono os desfolhos,
    Os astros do teu verão,
    A languidez de teus olhos
    Inspiram minha canção…
    Sou poeta porque és bela,
    Tenho em teus olhos, donzela,
    A musa do coração!

    Se na lira voluptuosa
    Entre as fibras que estalei
    Um dia atei uma rosa
    Cujo aroma respirei…
    Foi nas noites de ventura,
    Quando em tua formosura
    Meus lábios embriaguei!

    E se tu queres, donzela,
    Sentir minh’alma vibrar,
    Solta essa trança tão bela,
    Quero nela suspirar!
    E dá repousar-me teu seio…
    Ouvirás no devaneio
    A minha lira cantar!

    Álvares de Azevedo, para mim é a melhor.

  3. O melhor poema de todos os tempos é o que ainda está por ser feito, por um poeta grande ou anônimo, talvez nem mesmo usualmente poeta. Também persigo essa perspectiva, de saber o que acham o melhor em poesia mas estou chegando à talvez já esperada conclusão de que em poesia não existe o melhor mas sim os melhores, plural como a própria poesia, dialeticamente singular em cada qual. Eu, por exemplo, gosto muito de “O Operário Em Construção”, do Vinícius de Moraes, também apreciando muito “A Máquina do Mundo”, do Carlos Drummond de Andrade, poema que já foi eleito como o melhor poema brasileiro de todos os tempos. Igualmente bons são: “À instabilidade das cousas do Mundo”, de Gregório de Matos Guerra; “Soneto” (Eu vi a linda Jõnia…), de Alvarenga Peixoto; “Meus Oito Anos”, de Casimiro de Abreu; “Adormecida”, de Castro Alves; “Profissão de Fé”, de Olavo Bilac; o belíssimo “Velho Tema”, de Vicente de Carvalho; “Vida Obscura” e “Cárcere das Almas”, de Cruz e Sousa; TODOS os poemas de Augusto dos Anjos, apesar de niilista; “Legenda Dos Dias”, de Raul de Leôni; “Pneumotórax”, “Estrela” e “Vou-me Embora Pra Pasárgada”, de Manuel Bandeira; “José” e “A Morte do Leiteiro, do já citado Carlos Drummond de Andrade; alguns sonetos (“de Contrição”, “de Fidelidade”, “de Véspera”, “de Separação” e “do Amor Total”, do também já citado Vinicius de Morais; “A Educação pela Pedra” e “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto, além de “Luxo”, do poeta concretista Augusto de Campos e vários poemas engajados de Ferreira Gullar. Os sonetos de Camões são excelentes, como os de Antero de Quental e Bocage, e um soneto (“Tua frieza aumenta o meu desejo:”), do também português Eugénio de Castro, é simplesmente extraordinário, bem como os “Poemas de Deus e do Diabo”, de José Régio. Segue o

    “O operário em construção

    Era ele que erguia casas
    Onde antes só havia chão.
    Como um pássaro sem asas
    Ele subia com as casas
    Que lhe brotavam da mão.
    Mas tudo desconhecia
    De sua grande missão:
    Não sabia, por exemplo
    Que a casa de um homem é um templo
    Um templo sem religião
    Como tampouco sabia
    Que a casa que ele fazia
    Sendo a sua liberdade
    Era a sua escravidão.

    De fato, como podia
    Um operário em construção
    Compreender por que um tijolo
    Valia mais do que um pão?
    Tijolos ele empilhava
    Com pá, cimento e esquadria
    Quanto ao pão, ele o comia…
    Mas fosse comer tijolo!
    E assim o operário ia
    Com suor e com cimento
    Erguendo uma casa aqui
    Adiante um apartamento
    Além uma igreja, à frente
    Um quartel e uma prisão:
    Prisão de que sofreria
    Não fosse, eventualmente
    Um operário em construção.

    Mas ele desconhecia
    Esse fato extraordinário:
    Que o operário faz a coisa
    E a coisa faz o operário.
    De forma que, certo dia
    À mesa, ao cortar o pão
    O operário foi tomado
    De uma súbita emoção
    Ao constatar assombrado
    Que tudo naquela mesa
    – Garrafa, prato, facão –
    Era ele quem os fazia
    Ele, um humilde operário,
    Um operário em construção.
    Olhou em torno: gamela
    Banco, enxerga, caldeirão
    Vidro, parede, janela
    Casa, cidade, nação!
    Tudo, tudo o que existia
    Era ele quem o fazia
    Ele, um humilde operário
    Um operário que sabia
    Exercer a profissão.

    Ah, homens de pensamento
    Não sabereis nunca o quanto
    Aquele humilde operário
    Soube naquele momento!
    Naquela casa vazia
    Que ele mesmo levantara
    Um mundo novo nascia
    De que sequer suspeitava.
    O operário emocionado
    Olhou sua própria mão
    Sua rude mão de operário
    De operário em construção
    E olhando bem para ela
    Teve um segundo a impressão
    De que não havia no mundo
    Coisa que fosse mais bela.

    Foi dentro da compreensão
    Desse instante solitário
    Que, tal sua construção
    Cresceu também o operário.
    Cresceu em alto e profundo
    Em largo e no coração
    E como tudo que cresce
    Ele não cresceu em vão
    Pois além do que sabia
    – Exercer a profissão –
    O operário adquiriu
    Uma nova dimensão:
    A dimensão da poesia.

    E um fato novo se viu
    Que a todos admirava:
    O que o operário dizia
    Outro operário escutava.

    E foi assim que o operário
    Do edifício em construção
    Que sempre dizia sim
    Começou a dizer não.
    E aprendeu a notar coisas
    A que não dava atenção:

    Notou que sua marmita
    Era o prato do patrão
    Que sua cerveja preta
    Era o uísque do patrão
    Que seu macacão de zuarte
    Era o terno do patrão
    Que o casebre onde morava
    Era a mansão do patrão
    Que seus dois pés andarilhos
    Eram as rodas do patrão
    Que a dureza do seu dia
    Era a noite do patrão
    Que sua imensa fadiga
    Era amiga do patrão.

    E o operário disse: Não!
    E o operário fez-se forte
    Na sua resolução.

  4. É sempre aquele que vou ler neste momento. Nunca haverá quem possa dizer qual é, pois cada um tem sua opinião e seu gosto.
    Neste momento o melhor poema é este:

    “Amo em conta-gotas
    a fresca aragem da manhã.
    Um pingo de amor
    despenca em orvalho
    da haste de uma flor.”

    Obs.: Fiz este poeminha para vc agora, direto aqui.

  5. Paulo Red

    É difícil dizer o melhor poema, mas o poema que mais gostamos

    Eu gosto de muitos, mas alguns por excelência são os que mais me diz: Os Lusíadas por exemplo

    Entre os portugueses.

    E tens razão de amar Pablo Neruda, pois eu também amo tudo que fez

    Ele realmente é um dos grandes marcos da poesia contemporânea, que sem duvidas ficara marcado para todos os tempo.

    Boa sorte! ♥ ♥ ♥

Perguntas Relacionadas