Nosso ponto de vista sobre a origem das coisas pode exercer uma influência muito mais forte sobre como encaramos a vida, e a nossa atitude para com os em volta de nós, do que muitos se apercebem. A incerteza a respeito da existência dum Criador universal pode deixar-nos na dúvida a respeito dum objetivo definido da vida. Também pode deixar-nos na dúvida a respeito de nossas verdadeiras obrigações para com as outras pessoas. Neste caso, o que acontece? Bem, se não tivermos certeza, simplesmente teremos de modelar nossa vida segundo o que cada um achar melhor. Isto significa não ter nenhum padrão específico a respeito do que é certo e do que é errado, nenhum senso real de responsabilidade para com os outros? Não é difícil de ver quantos problemas isso pode causar e quão prejudicial pode ser para o usufruto da vida.
Que motivo há para se crer num Arquiteto-Mestre, num Deus que tem um objetivo? Vendo tanta injustiça e tanto sofrimento, muitos chegam à conclusão de que não há Criador. Mas, talvez despercebam o fato de que há muitas coisas que só podem ser explicadas por uma criação. Quando se mostra a alguém um relógio e se lhe diz que este não foi feito por ninguém, ele não vai acreditar nisso, ou vai? Provavelmente reconhecerá que este instrumento para a marcação do tempo tem um objetivo específico, o que mostra, além disso, que aquele que o fez teve um objetivo em mira. O que diremos então a respeito do infinitamente mais complexo e espantoso universo em torno de nós? O problema talvez seja o de não se entender qual é o objetivo do Criador. Consideremos algumas evidências que mostram que precisa haver um Criador com um propósito.
Os corpos celestes giram nas suas imensas órbitas a velocidades enormes, com precisão espantosa, já por incontáveis milhões de anos. Os planetas orbitam em torno do sol de modo ordeiro; as incontáveis estrelas e os outros corpos celestes estão organizados em galáxias e até mesmo em aglomerados galácticos. Seu tamanho gigantesco e sua assombrosa precisão de movimento fazem o melhor dos relógios parecer extremamente rudimentar, em comparação. Não nos sentimos compelidos a perguntar: Como pode o relógio necessitar dum fabricante, mas não o muito mais espantoso e preciso universo? Além disso, será que algo tão complexo e preciso pode existir sem objetivo?
Me pergunto isso todos os dias, infelizmente não poderei responder.