Para mim é o domínio do meu campo mental para poder transcender a minha limitação e para desenvolver a vida em plenitude com a consciência mais elevada.Para isso é preciso estabelecer metas.A disciplina férrea uma dela mas em contra -partida muita piada e riso para que a conexão com o aqui e o agora se faça .
Será que vc vai estar satisfeito após isso? será que não vai querer algo mais?
Equilíbrio. O domínio do seu campo mental de certa forma é isso, é controlar as paixões desenfreadas e assim se elevar. Disciplina é uma das formas para conseguir equilibrar, assim concordo com vc mas uso aqui só uma palavra: EQUILÍBRIO. Talvez seja ele o segredo do caminho à sabedoria e como tal o caminho para a realização humana.
Jason.
Como definir a “realização humana”?
– Quase impossível.
Para mim, a realização humana depende da harmônia e do equilíbrio entre duas motivação do ser (intrínseca e extrínseca), quanto mais coesas, mais próximos estaremos do que determinamos ser nossa “realização humana”.
A “realização humana” é fruto de complexo sistema psíquico:
Há uma motivação intrínseca, que existe por si mesma, é composta pela essência interior, íntima e inconfessável, está fora de qualquer convenção externa.
Há uma motivação extrínseca, que existe pelas circunstâncias, é composta pela essência exterior, convencional e socializada e inserida em valores aprendidos.
A “realização humana” está à mercê das motivações acima, cada motivação possui força própria, que podem ser similares ou antagônicas entre si.
O antagonismo deixa o ser dividido, instaura o conflito, uma motivação busca dar uma direção para a realização que é incompatível com a outra motivação.
Peço que conheça a biografia de Stuart Mill, para poder entender minha resposta.
Foi educado por seu pai, por Jeremy Bentham e por Francis Place, recebendo tudo que a ciência poderia ensinar a um sábio e a um filósofo, com o objetivo explícito de criar um gênio intelectual que iria assegurar a causa do utilitarismo e conseguiu atingir essa meta.
Mas veja que todavia Stuart Mill conta-nos em sua autobiografia que, ao perguntar um dia a si mesmo se seria feliz, uma vez realizadas (nas instituições e nas idéias) todas as reformas que ele projetada criar, a sua consciência lhe respondera:
– NÃO.
«Senti-me então desfalecer, – diz ele; todas as fundações sobre as quais tinha arquitetado a minha vida se desmoronaram de repente.»
Em l926, a crise e depressão abatem o físico, a psique e a moral de Mill; as razões plausíveis são o trabalho extenuante, as divergências familiares, sobretudo com o seu pai, e uma certa insatisfação ou frustração intelectual.
Mais tarde ele sentiu a dor, sentiu depois o amor, o amor apaixonado, absorvente, enorme, dominando todo o seu ser, submetendo a força dissolvente da análise; e foi só então que ele se sentiu homem, revivendo para a natureza, forte da grande força que a natureza lhe comunicava, equilibrado para sempre no seu destino, cingido ao coração palpitante de uma mulher que ele amou – ele o sábio, o filósofo, o reformador frio e implacável – com o amor ilimitado, entusiástico, cavalheiresco, que as velhas lendas líricas atribuem aos grandes amantes célebres.
Até…