Tem como girar em volta de algo de uma forma que a distância seja sempre a mesma sempre. Sem ponto mais próximo e sem ponto mais distante? E se isso acontecer, e partindo da idéia que o corpo do centro que mantém essa órbita nunca altere sua massa, isso duraria para sempre e por toda eternidade até o final dos tempos eternos?
Se as acelerações tangenciais dos corpos forem constantes, basta que a forças centrípetas (Fc = Mv²/r, ou G.m1.m2/r²) atuando sobre eles sejam constantes para que as órbitas sejam círculos perfeitos.
Vamos por partes. A órbita da Terra em torno do Sol é quase um círculo perfeito. A diferença é muito pequena. É uma coincidência muito incrível ter uma órbita perfeitamente circular, o mais provável é que ela tenha uma excentricidade, mesmo que mínima, mas não é impossível, e com os sextilhões de estrelas que existem no Universo visível, é possível que existam várias com planetas orbitando elas nestas condições.
Se por um acaso uma órbita destas existir, ela não vai ser sempre estável por que a estrela está em um ambiente com muitas influências gravitacionais: não só a estrela provavelmente viaja pelo disco da sua própria galáxia, como nesta viagem ela sofre a ação gravitacional de outras estrelas, que perturbam a órbita da estrela e do planeta mesmo que minimamente.
Se só existissem estes dois corpos no universo, sim. Mas com a existência de outros corpos, sempre há influências gravitacionais que podem, a longo prazo, perturbar esta órbita.
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