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Anônimo(a)

Alguém sabe porque João Pessoa foi assassinado?! que motivos pessoais?

Alguém sabe porque João Pessoa foi assassinado?! que motivos pessoais?

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1 Answer

  1. A professora e poetisa paraibana Anayde Beiriz, que no filme “Paraíba, mulher macho”, teve sua importância reduzida à condição de mera amante do assassino do presidente João Pessoa, diferentemente do que é apresentado no longa metragem, não foi uma simples passageira do tempo que entrou para história por trágica casualidade do destino, mas a mais importante personagem feminina da história paraibana. Anayde escrevia para os jornais da época. Aos dezessete anos concluiu o curso normal, diplomando-se em primeiro lugar da turma, e com vinte anos ganhou um concurso de beleza. Porém, em seus curtos vinte e cinco anos de vida, destacou-se como uma combatente defensora da igualdade de direitos para ambos os sexos, professora, amante das artes e poetisa, cujos poemas de singular apelo sensuais eram classificados como devassos até por setores das classes intelectuais menos comprometidos com as normas morais vigentes.

    Anayde Beiriz manteve um romance com o advogado e ativista político João Dantas, ferrenho adversário de João Pessoa, então presidente da Província da Paraíba. Eles mantinham uma relação amorosa bastante liberal para a época e trocavam confidências amorosas através de cartas e poemas eróticos, os quais eram guardados no escritório de João Dantas. Em 1929, João Pessoa, na qualidade de vice de Getulio Vargas, como presidente, lançaram chapa de oposição à Presidência da Republica. Na Paraíba, o cel. José Pereira, de Princesa, a quem João Dantas se ligava politicamente, era o principal adversário político de João Pessoa, o presidente da Paraíba. Em 1930, a campanha pela sucessão do Presidente da República Washington Luís foi bastante acirrada, mas, realizado o pleito, a chapa situacionista, encabeçada por Júlio Prestes, foi declarada vitoriosa. Nada mais restava a chapa de oposição, formada por Getúlio Vargas e João Pessoa, senão lamentar a derrota. Porém, alguns fatos ocorridos na Paraíba iriam mudar o rumo da história do Brasil. De retorno à Capital, vindo da Serra de Teixeira, onde visitara seu ao pai enfermo, João Dantas constatou que seu escritório fora invadido e saqueado pela polícia, a mando de João Pessoa, e todo o seu conteúdo espalhado e afixado em lugares públicos, expostos à curiosidade alheia. Apercebeu-se, João Dantas, que as cartas, poemas eróticos e fotografias sensuais, e até mesmo o diploma de Anayde, eram motivos de galhofas de toda a sociedade. João Dantas se sentiu profundamente humilhado ao ver o seu sagrado direito de privacidade violado.

    O resto da história todos sabem qual foi, mas a motivação do assassinato foi manipulada. “Quem governa faz a História, pois a História pertence aos vencedores”. Por muito tempo a história oficial tentou esconder as verdadeiras razões que culminaram na tragédia da Confeitaria Glória. Getúlio Vargas que aproveitou a morte de João Pessoa para criar o clima favorável ao golpe que o levou ao poder, transformou-o em mito, razão pela qual sua memória tem resistido incólume ao julgamento da história. Para que escrever que naquela ocasião João Pessoa foi ao Recife se encontrar com uma amante, se ficava mais sublime dizer que ele foi tratar de assuntos políticos, como fazem os grandes estadistas? Que importa saber se na Confeitaria Glória João Pessoa contava triunfantemente aos correligionários a humilhante peça que armara contra seu adversário político?

    Concomitantemente, a história oficial deixou transparecer que João Dantas era um homem rude, de pensamento retrógrado e posições anárquicas, que alimentava um amor libertino por uma insignificante e devassa professorinha de uma colônia de pescadores. Por outro lado, João Pessoa, foi elevado à categoria de herói assassinado, João Dantas e Anayde Beiriz foram relegados aos grupos dos fracos e arrependidos, que renunciam ao sagrado direito de viver através do louco caminho do suicídio. Desta forma, hoje o nome de João Dantas continua prescrito na história política da Paraíba, enquanto que João Pessoa dá nome à cidade em que nasceu. Anayde Beiriz teve o corpo enterrado como indigente, na capital pernambucana.

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