As pranchas do Rico de Souza São boas?
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Rico de Souza e a evolução das pranchas
Rico tem surfado e pesquisado muito sobre SUP. Sunset 08/09 – Foto: Ricosurf.com
Boa parte da história do até hoje presente no cenário surfístico brasileiro, Rico de Souza, foi escrita dentro das salas de shape. As pranchas Rico já foram sonho de consumo de muita gente e até hoje fazem a cabeça da rapaziada. Confira galeria de IMAGENS.
Foi a partir das plainadas que Rico começou a desenhar sua história como empresário, e um dos precursores do que hoje se chama de surfe profissional. Em uma entrevista concedida, exclusivamente, como um shaper, Rico falou sobre a profissão que encanta e é primordial ao surfe, a arte de shapear. Ele conta que começou no ofício lá pelos idos de 1964.
“Shapeio desde 1964. Mas comecei consertando e fabricando, paralelamente. O volume de encomendas aumentou muito quando me tornei campeão brasileiro, em 1972, época em que o Píer de Ipanema estava fervendo”, relembra.
“Quinze mil pranchas shapeadas até aonde contei”. É assim que Rico responde a questão obvia: quantas pranchas você já fez? Ele também lembra que a primeira equipe de surfe do Brasil, composta por Roberto Valério, Fred D´Orei, Cauli Rodrigues, Valdir Vargas e ele próprio, foi responsável por consumir boa parte desses foguetes.
“Sem dúvidas depois que consegui os títulos brasileiros (72 e 73) minhas pranchas foram muito valorizadas. Cheguei a produzir cerca de 180 pranchas por mês. Boa parte delas foram desenvolvidas com base no desempenho da equipe Rico. Isso aconteceu em uma época na qual não havia máquinas de shape, bons plugs e boas ferramentas” diz.
Rico é um shaper com muita bagagem, porém, atualmente sua carreira está mais focada no ramo empresarial. Todavia, ele está de volta com tudo ao shape-room. Na entrevista abaixo ele fala de tópicos nunca antes abordados em uma entrevista com Mr. De Souza: sua trajetória como shaper, desings retro, principais nomes que já surfaram com suas pranchas, entre outros assuntos. Vale o drop!
Gerson Filho – Quais os principais atletas para os quais você já fez pranchas ao longo desses anos?
Rico de Souza – Tive a equipe Rico com alguns dos principais nomes do surfe brasileiro: Fred D´orey, Roberto Valério, Pepê. Entre os gringos, Michael Ho, Buzzy Kerbox (um dos pioneiros do Tow-In), Hans Hedemann ( um dos principais nomes do surfe nos anos 80), Timmy Carvalho (um dos melhores tube riders do Havaí), Jeff Crawford, entre outros. Hoje em dia faço pranchas para diversos atletas profissionais e amadores. Um que tenho que destacar é o Picuruta Salazar.
Quais foram os shapers que lhe inspiraram?
Tive a oportunidade de ter vários shapers como Berry Kahanapumi, Dennis Peng, Rory Russel, Owl Chapman e Peter Daniel trabalhando na minha fábrica. E sem dúvidas todos esses me influenciaram. Mas o cara que mais me inspirou foi o Tom Parrish. Fico muito feliz de, com todo respeito, ter influenciado de alguma forma a nomes como os Gustavo Kronig, Joca Secco, Pedro Bataglin e Daniel Friedmann, que se tornaram excelentes shapers e que um dia já surfaram com as minhas pranchas.
Está “na moda” fazer pranchas com designs antigos: mini-models, biquilhas, muitos wings, fishs e até monoquilhas. O que você, que passou por todas essas fases, acha disso?
Eu acho que o fato de eu ter passado por tudo isso me deu oportunidade de ver muita coisa legal e ter uma experiência com muitas pranchas. Acho muito legal essas pranchas voltarem às origens. Eu trouxe as fish boards para o Brasil em 1972. E em qualquer área existe o revival. Além disso, atualmente as pranchas têm adaptações diferentes de fundo. Quando você faz essas pranchas antigas, pode fazer uma réplica ou desenvolver novos designs, tendo combinações com bordas diferentes, concaves e a prancha acaba sendo bem funcional. Acho que um dos grandes segredos é saber construir uma prancha própria para o surfista. Comparo o shaper a um médico: ele tem que diagnosticar a prancha ideal para o cara.
O que você tem feito como shaper atualmente?
Além das pranchas de surfe habituais, estou curtindo muito o SUP e venho pesquisando sobre tudo dessa modalidade. Também tenho feito algumas alaias, que são as madeirites usadas pelos havaianos nos primórdios do surfe.