Cynara na Carta: #foramicarla vai pegar o Gilmar.Comente?

Micarla de Souza é a única prefeita de capital do PV, aquele partido que serviu de plataforma – furada – da Bláblárina.

Clique aqui para ler sobre a relação entre o verdismo e o neoliberalismo.

Micarla, de fato, exerce um papel inovador, verdemente revolucionário.

Criou a verde Primavera Potiguar, ou o #foramicarla, descrito com perfeição por Cynara Menezes, da Carta Capital, na página 28.

O estopim foi a política privatista da prefeita de Natal: alugar imóveis para acolher órgãos públicos.

É uma variante da privatização da Telebrax do Bernardo, digamos assim.

O movimento de jovens de Natal se organizou fora dos partidos e dos sindicatos.

Se organizou através da web e reproduz movimentos semelhantes aos de Vitória e ao que houve entre os operários de Jirau – mostram na mesma Carta, pág. 24, Matheus Pichonelli e Rodrigo Martins: “Trincheiras web – sem partidos ou sindicatos, os brasileiros voltam às ruas em grandes manifestações convocadas pela internet”.

Fora dos partidos e dos sindicatos.

Bem dizia o Oráculo de Delfos: no Brasil não há partidos.

Mas, há indignação.

E, daqui a pouco, ela se multiplicará, como aconteceu na Espanha, com os indignados, que Mauro Santayana descreveu.

Não há Pibão que cale a indignação.

Ela não floresce só no desemprego aberto, como na Espanha.

Ou o Bernardo pensa que o brasileiro está feliz com a Telebrax da banda larga cara e não universal ?

O Cabral acha que ninguém percebe que a relação dele com o Eike e o Cavendish cheira mal ?

O Gilmar acha que ninguém percebe que o Dantas está solto e o Abdelmassih sumiu ?

Os juízes do STJ que sepultaram a Castelo de Areia e a Satiagraha: eles acham que ninguém percebeu ?

Se o Ricardo Teixeira e o Luiz Fernando Corrêa continuarem a mandar e desmandar na Copa – ninguém vai perceber ?

E o brindeiro Gurgel: se ele não fizer nada sobre a Satiagraha e a Castelo de Areia – ninguém vai perceber ?

A web não faz.

Ela organiza, provoca, anaboliza.

Quem faz é a indignação, não é isso, Mubarak ?

Paulo Henrique Amorim