Dilma lança em maio o maior programa de seu governo, o da erradicação da miséria?

Claro que não!! O analfabeto dizia que acabaria com a pobreza….e???
Não precisa nem dizer né..

Paulo, um brasileiro

Paulo Sergio Ferreira é um brasileiro. No dia 13 de abril de 2011 ele subiu no mastro do centro de Brasília com uma garrafa plástica cheia de gasolina e ateu fogo na bandeira. Desceu duas horas depois. Não se feriu e nem feriu ninguém.

Paulo tem 38 anos. Ele tinha 6 quando a atual presidente, Dilma Roussef, foi anistiada e 8 quando uma bomba caseira explodiu no Rio Centro, dentro de um Puma onde estavam dois militares. Comparando com a média, Paulo Ferreira é um bom cidadão. Pagou uns três reais de impostos pelos dois litros de gasolina que comprou com dinheiro dele mesmo e mais uns noventa centavos de IPI pelo isqueiro. Usava calça jeans, gasta, e camiseta. A bandeira, que ia ser trocada no primeiro domingo de maio, vai ter que ser trocada antes. Essa despesa ninguém sabe exatamente quanto é.

Todo revolucionário deseja que a revolução dele seja a última – inclusive o revolucionário que está no poder, óbvio. Parece que Paulo não quis fazer revolução nenhuma. Se quisesse, não teria muita chance. Só queria deixar dito alguma coisa, que o bom trabalho dos bombeiros acabou abafando. Assim que for solto, vai poder explicar melhor o que pretendeu.

Paulo poderá dizer, por exemplo, que se o malfeitor se enrola na bandeira de uma pátria, uma das ações patrióticas cabíveis é meter fogo na bandeira para deixar o malfeitor sem o disfarce. Não poderia ser taxado de louco por dizer isso. Quem argumentar que a bandeira não pode ser queimada, que apresente outra solução para o problema. Mas não demore muito, porque nas duas horas que o brasileiro Paulo Ferreira ficou trepado no mastro dos Três Poderes, cerca de 250 milhões de reais do povo brasileiro entraram pelo ralo do governo e desapareceram das escolas, dos hospitais e da segurança. A bandeira queimada, como se pode ver, foi o de menos.