S. EXA., O LEITOR Deus é testemunha de que nada tenho contra os leitores. Pelo contrário, se não existissem esses abnegados, não haveria livros nem jornais e eu teria morrido de fome e tédio há muitos anos. Mas vamos e venhamos, não devemos nos escravizar a eles, bajulando-os, procurando adivinhar o que eles pensam ou desejam. Ao contrário dos restaurantes e balcões comerciais, nem sempre os fregueses do nosso produto têm razão. Leio com atenção as cartas que as redações recebem diariamente. Evidente que o critério muda de jornal para jornal, mas no caso da Folha, que publica minhas crônicas, as opiniões contrárias à linha editorial são mais freqüentes e radicais. Raro é o dia em que não aparece um leitor furibundo comunicando que não mais assinará nem lerá o jornal por causa de uma notícia ou comentário que ele não aprovou. Trabalhei durante anos num jornal que até o dia 1º de abril de 1964 criticava asperamente o governo de então. Veio o golpe militar e já no dia 2 o jornal passou a criticar o novo regime que se instalava no país. Naquele tempo, o jornal tinha uns 100 mil, 150 mil assinantes, era troço pra burro, estava no topo da imprensa carioca como o órgão mais influente e de maior vendagem avulsa. A cólera dos leitores foi tal e tamanha que, ao final do mês, a tiragem chegou à metade. Mas dois meses depois, o estoque de papel que deveria durar um ano foi consumido pelas rotativas. As assinaturas e a venda de banca dobraram. O jornal era vendido até no câmbio negro. Não mudara a linha editorial que era liberal e conservadora. Apenas não compactuava com a burrice e a violência. Curioso como a história se repete. (Folha Online. Pensata, 04/05/2004. CarlosHeitor Cony) O texto acima é uma crônica. Considerando-se as características do funcionamento desse gênero, as alternativas apresentam uma análise adequada ao texto em exame, EXCETO em:
a) O cronista tem como objetivo informar aos leitores os fatos do cotidiano da redação de um jornal que reportam ao envolvimento dos leitores com o que é nele transmitido.
b) O texto, veiculado em um jornal, em sua versão online, baliza o princípio de que a crônica é um gênero híbrido, dada a articulação entre o jornalismo e a literatura.
c) Os fatos relatados pelo cronista não podem ser entendidos como uma ficção pura, mas o trabalho do autor na construção da linguagem, bem como o humor presente em toda crônica são bons ingredientes para uma crônica literária e não uma notícia.
d) Há, ao longo do texto, vários elementos que nos permitem reconhecer que o cronista (o narrador) traz para a narrativa experiências do escritor de crônicas.
To Com Preguissa De Ler Hoje
aii aii….
zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz….
Alternativa b)
Com certeza:
a) O cronista tem como objetivo informar aos leitores os fatos do cotidiano da redação de um jornal que reportam ao envolvimento dos leitores com o que é nele transmitido.
Abraço.
O que nós e os meteorologistas têm a ver ?
Lingua portuguesa em Meteorologia!!!!
Por que não coloca na categoria certa? Ou vem trocar figurinha nessa categoria!?