gente por favor interpretem esse poema pra mim !!!! (URGENTE!)
Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
Tem sonhos na vida que só se conquistão apos a morte
Olá Estela… nem tanto pelos “pontos”, mas por estes e por você ter postado um poema muito interessante e belo, que vale a pela ser “pensado” na sua melodia. Esse poema “Ismália”, foi escrito pelo poeta simbolista, o mineiro Alphonsus Henriques da Costa Guimaraens e trata da ótica singular da humilde e infeliz natureza do homem.
O poema, Ismália, formado por cinco quartetos, reflete uma inconstância do homem iniciando pela manutenção em sua musicalidade, uma das principais características da Escola Simbolista. Todo este poema é escrito em sete silabas fonéticas (ou poéticas). Alphonsus Guimaraens fazia da metrificação para que suas poesias se formassem sons agradáveis aos ouvidos dos leitores, pois junto ao Olavo Bilac, escreveram um livro – Tratado de Versificação.
Na primeira estrofe o poeta mostra a instabilidade mental do ser humano “Quando Ismália enlouqueceu”, o sentimento do homem de estar mais alto “Pôs-se na torre a sonhar”, a natureza do mesmo, na hora da angustia de parar e observar as belezas naturais “Viu uma lua no céu; Viu outra lua no mar”.
A confusão entre a fantasia e o real, é presente na segunda estrofe “No sonho em que se perdeu”, a necessidade de se apegar ao mágico, à fantasia “Banhou-se toda em luar”, e a ganância de querer dois extremos e o inconformismo de não poder tudo “Queria subir ao céu; Queria descer ao mar”.
E na terceira estrofe é o desprender-se da racionalidade e o render-se ao sonho, à fantasia “E, no desvario, seu; Na torre pôs-se a cantar”, mas o personagem é tragado bruscamente de volta a realidade e ocorre à decepção “Estava longe do céu; Estava longe do mar”.
Já chegando à quarta estrofe e o personagem inclinando o corpo no alto da torre e abrindo seus braços, desisti de viver “E como um anjo pendeu; As asas para voar”, a confusão interior perdida entre as duas luas e nunca poder alcançá-las “Queria a lua do céu; Queria a lua do mar”.
Finalizando o poema, a quinta estrofe desenha o suicídio finalizado e a crença hipócrita que o ser humano se esconde, pois tal ato é condenável pelas religiões, mas mesmo assim ainda sonha em atingir o céu “As asas que Deus lhe deu;Ruflaram de par em par; Sua alma, subiu ao céu; seu corpo desceu ao mar”.
Se voltarmos a lê-la, Ismália, como uma poesia simbolista não para de nos surpreender com sua majestosa crítica a natureza do ser humano. Este poema deixa uma pergunta no ar… Por que é mencionada tantas vezes a lua do “céu” e a lua do “mar”? Qual a relação entre as duas “luas”? Ora!
Direi-vos que um simbolista não escreve algo por achar bonitinho, e sim por um motivo justo. A “lua do céu” tem um brilho conjugada com a luz do Sol e tem sua beleza própria. A “lua do mar”, apesar de ser, também, tão bela, está em função da “lua do céu”, da maré e das nuvens. Portanto novamente temos uma descrição do ser humano. Existem homens que brilham uma glória própria, mas outros que dependem destes para serem vistos, comparando a um parasita, um hospedeiro.
Uma poesia simbolista vem recheada de entrelinhas e de conceitos filosófico que tendem o crescimento espiritual do leitor, pois um simbolista escreve com o espírito. Esclarecendo novamente para finalizarmos, o Alphonsus Guimaraens não disse tais coisas, apenas sugeriu… Para cada um que ler sua poesia Ismália a interpretasse de acordo com as suas necessidades internas, emocionais.
Machado Gomes – Recanto das Letras
ela morreu e conseguiu o que queria
nossa, poema perfeito!
isso ai é muito loco, quem escreveu isso?? raul seixas??
siga em frente não importa oque aconteça, nunca desista de seus sonhos!
Resumindo
A personagem provavelmente estava com problemas mentais ( louca ) observou a lua e tentou alcançala, não conseguiu subiu em um local mais alto, no caso uma torre proxima ao mar, deve ser em algum rochedo, então de la ela viu duas luas, uma na verdade era o reflexo no mar, então ela ficou indesiza pra saber qual escolher pois queria as duas, então pensando que sabia voar saltou para a morte, seu corpo afundou no mar e sua alma subiu ao ceu, então ela conseguiu as duas luas que queria
triste fim
entendeu?