Resposta: NÃO!
Alguns povos, como os liberianos, marfinenses, angolanos e libaneses podem abrir a boca e dizer: sabemos os horrores de uma guerra civil, fomos guerreiros e superamos isto! Já os brasileiros não podem dizer isto!
Outros povos, como os alemães, sul-africanos, bósnios, armênios, cambojanos e palestinos podem abrir a boca para dizer: sabemos os horrores de uma limpeza étnica, fomos guerreiros e superamos isto! Já os brasileiros não podem dizer isto!
E por fim, outros povos, como os argentinos, chilenos, dominicanos, sul-africanos, cambojanos e os egípcios podem abrir a boca para dizer: sabemos os horrores de uma ditadura, fomos guerreiros e superamos isto! Os brasileiros no máximo podem dizer: sabemos a moleza de uma ditabranda, ficamos em nossos sofás e o ditabrando Geisel trouxe a abertura política, e o melhor: não houve a necessidade de movermos um dedo!!!!!!
Enfim, já que os brasileiros não têm a mínima ideia do que são os horrores de uma guerra civil, limpeza étnica ou ditadura (não ditabranda), não têm a mínima ideia do que é um povo que sofreu e se superou! E se o Brasil passou por um desses três, ou pelo menos os dois primeiros, por favor, me digam quando aconteceu, pois acho que não prestei atenção nas aulas de história!!!
Para o Brasil se tornar um país desenvolvido é necessário fazer reforma política, reforma tributária e reforma da previdência.
Mas essas reformas precisam ser aprovadas por senadores e deputados através de votações, porém o povo brasileiro continua votando nos deputados e senadores que são contra essas reformas por que o povo não sabe votar.
Então uma das primeiras necessidades é que o povo aprenda a votar direito.
Só porque a abertura política foi “lenta, gradual e segura” não quer dizer que não tenha havido ditadura!
Os ditadores digamos “vazaram de boa”, perceberam que, depois do fim do milagre brasileiro, seu poder estava ameaçado.
E guerras civis já houveram muitas, da era vargas para trás era um quebra quebra desgraçado!
Ah! Me esqueci da brusca redução da população indígena durante a colonização portuguesa, chamá-la-ei de limpeza étnica.
Sim, varreram os holandeses do nordeste, por exemplo.
Geonísia Ferreira
Limito-me a falar sobre “limpeza étnica”, porque responder sobre as “guerras civis”, que nunca teriam existido no Brasil ou sobre o que você chama de “ditabranda”, que, segundo me consta, foi um termo forjado pelos próprios ditadores, necessitaria de três respostas.
Respondendo:
É ofender esta Terra dizer que aqui nunca teve limpeza étnica. A própria chegada dos europeus, encarregados que estavam de escrever a própria história no corpo do outro, como diria Certeau, seria o quê?
Aliás, ver os negros – metade do povo brasileiro – nas novelas da Rede Globo, protagonizando uma minoria de personagens, ou marginalizados, ou grotescos e irreais, e não visualizar o processo de branqueamento, diga-se, imortalizado nas leis do século XIX ou nas literaturas eugenistas, como as do “grande” Monteiro racista Lobato, é porque, desculpe o julgamento, lhe falta algo.
Constate pelo sério trabalho sobre ancestralidade genética, feito pela Universidade Federal de Minas Gerais que embora talvez não consiga cobrir toda a realidade, serve para mostrar como a limpeza étnica funcionou bem no Brasil.