PM É PRESO SÓ PORQUE CHEGOU PERTO DE MANIFESTAÇÃO. NÃO SE PODE MAIS ANDAR NESSE PAÍS?

Um sargento foi preso e ficou com fome (como sempre fazem) só porque foi falar com uns coleguinhas repórteres. Passou fome e humilhação. Cadê a Constituição, que fala sobre a dignidade da pessoa humana?

Leia a matéria:

“””O sargento da Polícia Militar de Alagoas, integrante da banda de música da PM e jornalista, Elias Barboza, ficou preso, nesta quinta-feira (2), em uma sala reservada do Quartel do Comando Geral da PM e sem comunicação, durante sete horas. Ele estava fardado, já que cumpria escala de serviço e disse que somente cumprimentou as lideranças e os repórteres que estavam no protesto organizado contra a prisão do capitão Marcelo Ronaldson. Militares, a pedido do comandante geral, coronel Luciano Silva, foram designados para recolher o sargento imediatamente.

Elias Barboza foi liberado por volta das 15h e com exclusividade explicou como se deu a sua detenção. “Eu somente me aproximei das lideranças, conversei rapidamente e já recebi a ordem para ficar preso sob a acusação de estar participando da manifestação fardado”, contou.

Já durante a tarde, o subcomandante geral da PM, coronel Dimas, determinou a soltura, mas informou que o militar não está livre de responder a um Processo Disciplinar Ordinário (PDO). Ele deverá explicar – com riqueza de detalhes – o que, de fato, estava fazendo próximo dos manifestantes.

“Ele também falou que estarei sendo vigiado nestas manifestações sob a pena de mais puniões”, revelou o sargento. “Pediu também para que eu não me envolvesse com estes atos que estão sendo programados pelas associações militares. Falou que o meu lugar não era ali”, relatou.

Para o oficial, Elias Barboza justificou que não estava participando da manifestação e como era jornalista e mantinha amizade com outros profissionais da área, além de conhecer as lideranças sindicais, foi somente cumprimentá-los. “Disse ao subcomandante que não estava sendo contra o comando e que, na qualidade de militar, não poderia deixar de ser solidário ao colega de farda preso anteriormente”, falou.

Assim como o episódio que envolveu o capitão PM Marcelo Ronaldson, o comando da corporação não quis se pronunciar.”””

Cadê que quiseram falar alguma coisa?

A Constituição veda penas humilhantes e degradantes a qualquer pessoa.