Quero trabalhar com meus alunos, por ocasião da Copa do Mundo, pratos típicos e tradicionais da África, dentro de um projeto de diversidade cultural. Alguém pode me dar dicas?
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A culinária africana combina os frutos e vegetais tradicionais com a caça e pesca exóticas que apenas neste continente podem ser encontradas. A África é um continente muito diverso internamente, contendo desde o mais árido deserto às florestas subtropicais, passando pelos longos vales até às mais elevadas cadeias montanhosas. A culinária africana reflecte, em larga medida, a própria diversidade do continente, constituindo uma síntese das cozinhas nativas, da gastronomia de origem colonial portuguesa, britânica e holandesa, assim como de alguns aspectos da culinária asiática. É extremamente difícil classificar aquilo que é a culinária africana, de tão diverso que é o próprio continente. Entre os pratos nativos dos safaris no Quénia, as refeições dos restaurantes de Joanesburgo, de influência francesa e britânica, o Doro Wat Etíope, os cozidos de côco e peixe de Nairobi e os temperos de influência portuguesa usados nas culinárias moçambicana e angolana, muitas são as diferenças, e há apenas uma certeza: todas fazem parte do acervo culinário africano. Na região norte de África, desde Marrocos ao Egipto, a culinária é determinada pela predominância da religião muçulmana, com todas as restrições impostas pelo Al-Corão. Já noutras regiões africanas, podemos encontrar determinadas características comuns às várias culinárias nativas, como é o uso de bolbos e tubérculos, que está para as culinárias nativas como o arroz para a Ásia. Os pratos à base de bolbos e tubérculos mais utilizados são o Inhame e a Mandioca, e são normalmente acompanhados de cozidos que podem conter carnes ou vegetais. Também os frutos secos (amendoins e uma enorme variedade de castanhas, nozes e outros frutos) parecem ser uma constante, assim como a melancia. Na Nigéria e nas zonas costeiras da Zona Oeste africana as malaguetas são muito utilizadas, juntamente com peixes marinados em gengibre, tomate e pimenta de caiena, cozinhados em óleo de amendoim. No Senegal a lima é rainha, juntamente com ingredientes como o alho, chalotas e marinadas, onde entram muitas vezes o óleo de côco e o óleo de amendoim, assim como frutos tropicais. A culinária Etíope é, provavelmente, a mais isolada de todas as cozinhas africanas, contendo as mais imaculadas receitas indígenas. A carne crua é bastante usada, sobretudo em casamentos. Um dos pratos mais conhecidos é uma variante de bife com molho tártaro, onde se usa o Berbere, uma pasta de malagueta picante. O Doro Wat (galinha cozida com cebola, tomate e ovos cozidos) é muito popular, tal como a Injera (massa de pão redondo de grandes dimensões). A África do Sul constitui um autêntico melting pot, não apenas social e étnico, mas também culinário. Á culinária Bantu nativa, os colonizadores holandeses e britânicos juntaram inovações como os grelhados mistos, e os franceses introduziram a cultura da vinha. Os indianos do império colonial britânico introduziram os curries, os dals, as sopas de lentilhas. Apenas nas regiões mais remotas e isoladas se conseguem saborear os pratos nativos tradicionais e sem quaisquer deturpações. Nas regiões de savana, a dieta é à base de leite, soro de leite e coalhada, cozidos de legumes verdes, ervilhas, feijões e cereais, assim como de inhame, mandioca e batata doce, bem como de sementes de Baobab e ovos. Na extensa região Este de África, que inclui nações como o Quénia e o Uganda, a influência europeia é bem menor. São também usados os bolbos e tubérculos, assim como o sorgo. Tribos como os Masai, por exemplo, dão uma importância extrema ao gado, sinal de riqueza e instrumento de troca. A sua carne não é comida, mas o seu sangue e o leite são altamente apreciados. Em países como Angola e Moçambique as influências portuguesas foram muito fortes e duradouras. Especiarias, técnicas de assados, cozidos e marinadas, foram todas introduzidas pelos portuguesas, que transformaram as simples culinárias nativas em pratos aromáticos e saborosos. Os portugueses trouxeram para estes países os citrinos, as pimentas, as malaguetas, o tomate, os ananases, bananas e o porco doméstico. Em Moçambique é muito usado o cajú, o piripiri e pratos com malagueta.
espero ter ajudado
Telma
Se você observar; muitas das receitas que nós costumamos comer,são de origem africana ou seja são comidas afro-brasileiras.
Se você quiser conferir mais receitas entre no site:www.portalafro.com.br/
Entre vários aspectos da cultura- como a literatura, a música, a dança, o teatro-a culinária tem sua importância reconhecida e é tomada como uma indicação da indentidade de como grupo humano. A sua variedade revela os recursos naturais de que dispõe o homem na região onde vive, também, a cultura que desenvolve.
Algumas comidas afro-brasileiras:
Acarajé-Bolo de feijão-macaça temperada e moída com camarão seco, sal e cebola,frito com azeite de dendê.
Mungunzá-Alimento preparado com milho em grão e servido doce(com leite de coco) ou salgado (com acompanhamento de carne -de-sal/ ou torresmo) com leite.
Vatapá-Papa de farinha-de-mandioca com azeite de dendê e pimenta, servida com peixe e crustáceos.
Quibebe-Papa ou purê de abóbora(jerimum)com leite.
Abará-Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Iansã, Obá e Ibeji).
Aberém-Bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou de arroz moído na pedra, macerado em água, salgado e cozido em folhas de bananeira secas. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Omulu e Oxumaré).
Abrazô-Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de farinha de milho ou de mandioca, apimentado, frito em azeite-de-dendê.
Acaçá-Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de milho macerado em água fria e depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira. (Acompanha o vatapá ou caruru. Preparado com leite de coco e açúcar, é chamada acaçá de leite.) [No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Oxalá, Nanã, Ibeji, Iêmanja e Exu.]
Ado-Doce de origem afro-brasileira feito de milho torrado e moído, misturado com azeite-de-dendê e mel. (No candomblé, é comida-de-santo, oferecida a Oxum).
Aluá-Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi frmentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana.
Quibebe-Pato típico do Nordeste, de origem africana, feito de carne-de-solou com charque, refogado e cozido com abóbora.
Tem a consistência de uma papa grossa e pode ser temperado com zeite-de-dendê e cheiro verde.
O africano introduziu na cozinha o leite de coco, o azeite de dendê, confirmou a excelência da pimenta malagueta sobre o reino; dou ao Brasil o feijão preto, o quiabo, ensinou a fazer vatapá, mungunza, acaragé, angu e pamonha.
A cozinha africana, pequena mas forte, fez valer os seus temperos, os verdes, a sua maneira de cozinhar. Modificou os pratos portugueses, substituindo ingredientes; Faz a mesma coisa com os pratos da terra; E finalmente criou a cozinha brasileira, ensinando a fazer pratos com macarrão seco e a usar as panelas de barro e a colher de pau.
As deliciosas comidas típicas, como cuzcuz e muita carne de carneiro, são servidas em quase todos os lugares, como entrada o mais comum é ter pão e harissa (uma pasta de pimenta vernelha que deve ser comida com bastanate azeite).
As sopas de legumes com cereais apaerecem freqüentemente, acompanhados de debri (um bolinho de massa, semelhante ao pastel recheado com ovo frito e, as vezes, atum).
“O paladar não é tão universal como a fome” disse Luis da Câmara Cascudo em 1968. A feijoada para ele, era preciso uma predisposição especial para que se pudesse apreciar os sabores do prato.
O africano contribuiu com a difusão do inhame, da cana de açúcar e do dendezeiro, do qual se faz o azeite-de-dendê. O leite de coco, de origem polinésia, foi trazido pelos negros, assim como a pimenta malagueta e a galinha de Angola.
Entre os vários aspectos da cultura como a literatura, a música, a dança, o teatro, a culinária tem a sua importância reconhecida e é tomada como uma indicação de identidade de cada grupo humano.
Os africanos trouxeram ao Brasil o gosto por novos temperos e a habilidade de improvisar receitas, misturando ingredientes europeus e indígenas. Na falta de inhame usavam mandioca, na falta de pimenta africana, abusavam do azeite de dendê.
Na dieta do brasileiro, a influência africana pode ser percebida em dois aspectos: no modo de preparo e na introdução de ingredientes, como o coco e o milho.
A cozinha africana privilegia os assados e não as frituras. O caldo é um item importante, proveniente do alimento assado ou simplesmente preparado com água e sal. No Brasil ,esta pratica popularizou o pirão.
Espero que ajude
Abraços!