Tô fazendo uma pesquisa, pra feira de ciencias da minha escola, e preciso saber sobre a origem do angu, mtoo agradecido a quem puder me ajudar!
Anônimo(a)
Asked: 26 de agosto de 20092009-08-26T16:28:09-03:00 2009-08-26T16:28:09-03:00Culinária Étnica
Qual é a origem do Angu?
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angu : definição de angu e sinónimos de angu (português)
Esta página contem a informação de referência sobre angu : definição de angu Ver as definições … 1 Breve história; 2 Origem do nome. 2.1 Receita mineira …
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Origem do nome
No fim do século XIX e início do século XX, o sal era taxado exorbitantemente, com isso, a iguaria de fubá de milho que era servida bem temperada, passou a ser feita sem o sal, somente com banha de porco, fubá de milho e água. Tendo o gosto do prato ficado um pouco desagradável, insosso, muitos comparavam o angu com o alimento que era oferecido aos porcos, chamado de “angu”. A partir daí a receita ficou com esse nome. Apesar da semelhança com o velho alimento dos porcos, o angu atualmente costuma ser feito com bastante tempero ou servido como acompanhamento de outros pratos, sendo bastante nutritivo e saboroso. Também pode ser doce, acrescentando-se açúcar e leite de vaca ou leite de côco.
Em Minas Gerais e Rio de Janeiro, o angu preparado apenas com o fubá de milho e água, sem a adição de sal, e com consistência mais firme, é conhecido como “angu mineiro”. Quando preparado de forma mais cremosa, para ser misturado com miúdos de vaca e porcos na hora de consumo, é conhecido com “angu à baiana”. O preparo dos miúdos de vaca e porcos é bem semelhante ao sarapatel.
Portanto, pode-se inferir que o nome passou a ser utilizado no Brasil para papas feitas com farinha de mandioca ou de milho, as quais eram acompanhadas por miúdos de carne de vaca ou de porco. Com o tempo, a palavra angu passou a ser utilizada apenas para as papas feitas com fubá, enquanto as papas feitas de farinha de mandioca passaram a ser chamadas de pirão.
Angu é um prato típico da culinária brasileira preparado geralmente com fubá (farinha de milho). Nas regiões em que houve influência de imigrantes italianos, o angu passou a ser conhecido como polenta, prato italiano com receita praticamente igual. Além da farinha de milho, o angu pode ser preparado com farinha de mandioca, distinguindo-se assim do angu de fubá ou angu de milho
O nome angu origina-se da palavra Àgun do idioma africano fon. Entretanto, o Àgun africano é uma papa de inhame sem tempero. Portanto, pode-se inferir que o nome passou a ser utilizado no Brasil para papas feitas com farinha de mandioca ou de milho, as quais eram acompanhadas por miúdos de carne de vaca ou de porco. Com o tempo, a palavra angu passou a ser utilizada apenas para as papas feitas com fubá, enquanto as papas feitas de farinha de mandioca passaram a ser chamadas de pirão.
Na primeira metade do século XIX, o artista Jean-Baptiste Debret, em Voyage pittoresque et historique au Brésil, descreve a venda do angu de farinha de mandioca:
“O angu, iguaria de consumo generalizado no Brasil, e cujo nome se dá também à farinha de mandioca misturada com água, compõe-se no seu mais alto grau de requinte, de diversos pedaços de carne, coração, bofe, língua, amígdalas e outras partes da cabeça à exceção do miolo, cortados miúdo e aos quais se ajuntam água, banha de porco, azeite dendê, cor de ouro e com gosto de manteiga fresca, quiabos, legume mucilaginoso e ligeiramente ácido, folhas de nabo, pimentão verde ou amarelo, salsa, cebola, louro, salva e tomates; o conjunto é cozido até adquirir a consistência necessária. Ao lado da marmita do cozido, a vendedora coloca sempre uma outra para a farinha de mandioca molhada. A mistura, servida convenientemente, lembra a primeira vista, um prato de arroz, recoberto de um molho marrom dourado de onde emergem pequenos pedaços de carne. Eis a iguaria, aliás suculenta e gostosa, que figura, não raro, à mesa das brasileiras tradicionais de classe abastada que com ela se regalam, embora entre chacotas destinadas a salvar as aparências e o amor próprio”.
A venda do angu pode se mostrar de importância ao se saber que o Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, em 10 de julho de 1835, estampava o seguinte anúncio: “Participa-se aos que vendem angu, que na rua dos Ourives n. 137, se acha a venda azeite de dendê fresco, em barris, a 1$200 cada medida”.
Em Minas Gerais e Rio de Janeiro, o angu preparado apenas com o fubá de milho e água, sem a adição de sal, e com consistência mais firme, é conhecido como “angu mineiro”. Quando preparado de forma mais cremosa, para ser misturado com miúdos de vaca e porcos na hora de consumo, é conhecido com “angu à baiana”. O preparo dos miúdos de vaca e porcos é bem semelhante ao sarapatel.
Na cidade do Rio de Janeiro, continuando a tradição das vendedoras de angu do século XIX, ficou famoso nas décadas de 1960 a 1980, o Angu do Gomes, uma rede de carrocinhas ambulantes que vendiam apenas “angu à baiana”. Com preços populares, fazia sucesso nas noites e madrugadas da cidade. Havia carrocinhas na Praça Quinze de Novembro junto a Estação das Barcas, na praça do Lido no bairro de Copacabana e em frente ao estádio do Maracanã nos dias de jogo de futebol.
Na Bahia, faz-se outro tipo de angu.
Em São Tomé e Principe, na costa da África, faz-se o angu de banana.
Levado para a Europa pelos conquistadores da América, o milho acabou se incorporando a diversas culinárias da Europa, principalmente no norte da Itália, onde a polenta não pode faltar em nenhuma mesa. A imigração italiana trouxe para o Brasil a polenta, o fubá cozido na versão mais consistente do angu, que pode ser grelhado ou frito em pedaços.