E outra dúvida é.
Eu entendo que o câmbio, por exemplo dolar/real, vai depender da quantidade de dólares e de reais dentro do país.
Entendo que câmbio fixo, é um regime que atua contra o mercado, quando o mercado tende a variar o cambio, o governo toma politicas controlando isso e deixando o cambio estabilizado.
Mas qual o problema se o governo não adotar nenhuma dessas formas de cambio, e adotar a taxa que estiver afim de colocar.
Por exemplo, hoje tivemos muita importação, vamos elevar a taxa de cambio a 2 reais. Vamos estimular mais ainda as exportações, vamos elevar a taxa a 4 reais. No dia seguinte, pensam “ahh, nessa taxa teve muita exportação, vamos diminuir a taxa”….
Qual seria o problema do governo controlar desas forma? independente da quantidade de dolares ou reais dentro do país?
Por exemplo, o Brasil tem tomado medidas, para valorizar o dolar, elevando os impostos para investimentos externos de modo a entrar menos dolares no pais e assim elevar a taxa de cambio dolar/real.
O taxa de cambio ideal, estimam ser por volta da casa dos 2 reais.
Qual seria o problema do banco central, mudar simplesmente a taxa de cambio para 2 reais, amanha?
Eu estudo economia, estudei os 2 tipos de cãmbio flutuante, e fixo e tal. Mas não consegui entender isso, o porque não se pode atuar dessa forma.
Alguem saberia me explicar?
Resposta a bokomoko.
Tudo o que você falou, eu falei, e não respondeu minha pergunta.
O cálculo para se descobrir a taxa de câmbio eu já lembrei. Porém qual o problema do governo colocar a taxa de câmbio que ele quiser.. por exemplo, chegar amanha e mudar para 2 reais mas não fixando em 2 reais.
Ex:
terça – 2,50
quarta – 3,00
quinta 2,20
sexta 1,50
Todas as taxas, escolhidas de acordo com o que o governo acha melhor para o dia.
E não deixar o mercado ajustar para determinada taxa, e não fixar em uma taxa e fazer politicas de modo que controle a taxa e a deixe fixa.
Queria entender os efeitos que isso iria causar, se poderia ser benéfico ou apenas prejuizo por ter um mercado completamente inesperado e confuso, a ponto da confiança externa cair bastante.
Bom, o problema aí é sério. Se você estudou economia e cämbio flutuante vc seria a pessoa para responder a pergunta.
Entenda o dólar como uma mercadoria ofertada pelo mercado. Se o mercado quer mais essa mercadoria, está disposto a pagar mais caro por ela. Se o mercado quer mais reais, está disposto a pagar mais pelo real e menos pelo dólar.
O governo já tentou fixar o cämbio e os resultados foram nefastos. Se o governo fixa o dólar em 2 reais, desvaloriza o real artificialmente, vai haver uma busca maior de reais pelos investidores estrangeiros pois cada dólar vai render mais reais. O estoque de reais tenderá a diminuir. Vc estuda economia e já ouviu falar no M1. Imagine que o governo tem duas alternativas aí, emite mais reais, só que aí ele está desvalorizando a moeda nacional em relação aos bens, causando inflação + desvalorização.
No fim, assim como as leis de mercado
o cambio flutuante depende para sua apreciação unicamente do fluxo de capitais sobre o pais e videntemente que entrando amis dinheiro a moeda local sobe e vice versa.
congelar o cambio é impraticavel, vide brasil no tempo de fhc e argentina se vc não tiver muito dinheiro pra comprar reservas como a china acabará comprometendo as exportações
Bem, vou tentar responder sua pergunta. O calculo do valor de uma moeda é feita pelo padrão ouro, ou seja a capacidade de tornar um valor x em dólares por exemplo em determinada quantidade de ouro, a partir desse indexador são calculadas as demais moedas. O preço de cada moeda varia de acordo com a quantidade de moeda, velha lei da oferta e da procura. Fixar valor de moeda é algo extremamente complicado, por isso politica cambial vez por outra acarreta em brigas internacionais. O Brasil possui uma economia crescente por conta de uma moeda mais ou menos desvalorizada o que possibilita que as mercadorias sejam mais baratas, os tigres asiaticos adotam a politica do câmbio fixo, ou seja mantem sempre sua moeda desvalorizada para exportar mais. Mas manter uma moeda desvalorizada acarreta problemas de inflação, pois um país precisa também importar algumas coisas e para isso ele irá emitir mais moeda para poder comprar o que deseja. Com isso a moeda vai perdendo seu poder de compra e a inflação vai subindo, e o poder aquisitivo vai caindo o que pode levar empresas a falirem. São dois extremos que devem ser evitados, a inflação e a deflação. Basta lembrar a crise inflacionária que atingiu o Brasil na década de 80 e 90, quando a inflação subia até 1000% ao ano. Isso pode acarretar desabastecimento e uma série de complicações. Já a deflação, que pode ser causada pelo capital especulativo pode acarretar por exemplo numa crise como a de 29, onde havia mais mercadoria que dinheiro. O plano real fixou 1 real = 1 dolar por muito tempo, injetando dolares no mercado e diminuindo a emissão de real. Mas isso foi feito com fundos do FMI e levou ao endividamento do país, posteriormente não podendo manter essa taxa o dolar subiu para mais de 2 reais. Foi entre outros fatores que a Argentina faliu, por causa da flutuação cambial do peso que afastou investimentos do país. Por isso o Banco Central tenta manter o dolar a 1,7 reais que está longe de dois extremos. Também a valorização de uma moeda se dá pela flutuação da bolsa, do custo Brasil e do risco país, entre outros. Ou seja é muito dificil o Banco Central manter um cambio fixo já que as diversas ondas do mercado tendem a leva-lo a oscilação. A guerra cambial dos EUA tem sido tema de debates entre o G20. Te digo que nem um doutor em economia consegue entender completamente sobre política cambial que é algo muito relativo, mas sempre haverá um lado bom e outro ruim. A virtude está na mediana dos extremos.
Francamente, não consigo entender direito sua dúvida. Em primeiro lugar, o câmbio fixo não é “contra o mercado”. No regime de câmbio fixo o Banco Central (que é a autoridade monetária responsável pela condução da política cambial) simplesmente afirma que vai trocar moeda doméstica por moeda estrangeira por um preço fixo, isto é, que não varia a curto prazo.Obviamente, a taxa de câmbio pode ser ajustada a um novo preço no longo prazo, dependendo das necessidades. mas fundamentalmente, A CURTO PRAZO a taxa de câmbio é fixada.
Além disso, esses dois regimes, câmbio fixo e câmbio flutuante, são apenas os casos mais estudados pois são casos exemplares, Há, na verdade, uma variedade de regimes cambiais entre esses dois.
Em segundo lugar, qualquer mudança na taxa de câmbio só deve ser operada no longo prazo. Mudanças como as que você descreveu não ocorrem da noite para o dia, pois o aumento das exportações, por exemplo, leva um bom tempo para ocorrer. Uma desvalorização que fosse feita, digamos, em dezembro, só iria ter efeito em no mínimo alguns meses, pois o comércio internacional opera com contratos e prazos longos.
Finalmente,não existe tal coisa como taxa de câmbio ideal. Por diversas razões. A prinicpal é: como se mediria essa “taxa de câmbio ideal”?