…dela na época. Faço esta observação porque esta canção é claramente bairrista e preconceituosa. Como recentemente o tema do preconceito contra o nordestino voltou a ser discutido na mídia, será que esta música passaria tão desapercebida se fosse gravada em nossos dias?
Pobre Paulista
IRA!
Composição: Edgard Scandurra
Todos os não se agitam
Toda adolecencia acata
E a minha mente gira
E toda ilusão se acaba
Dentro de mim sai um monstro
Não é o bem, nem o mal
É apenas indiferença
É apenas ódio mortal
Não quero ver mais essa gente feia
Não quero ver mais os ignorantes
Eu quero ver gente da minha terra
Eu quero ver gente do meu sangue
Pobre São Paulo,
Pobre paulista, Oh, Oh
Pobre São Paulo,
Pobre paulista, Oh, Oh (Repete desde início)
Eu sei que vivo em louca utopia
Mas tudo vai cair na realidade
Pois sinto que as coisas vão surgindo
É só um tempo pra se rebelar
Pobre São Paulo,
Pobre paulista, Oh, Oh
Pobre São Paulo,
Pobre paulista, Oh, Oh (Repete desde início)
Parou, pensou e chegou … a essa conclusão
Pobre São Paulo,
Pobre paulista, Oh, Oh
Pobre São Paulo, pobre paulista…
Pobre São Paulo, pobre paulista…
Pobre São Paulo, pobre paulista…
Pobre São Paulo, pobre paulista…
Na época do lançamento de “Pobre Paulista”, o Ira! foi acusado de racismo por alguns jornalistas por causa do verso: “Não quero mais ver essa gente feia/não quero mais ver os ignorantes/eu quero ver gente da minha terra/eu quero ver gente do meu sangue”.
Nasi, em uma edição da revista bizz de 1999, disse: “Era um negócio inocente, feito quando o Edgard tinha 17 anos. Um hino inocente contra a opressão da cidade grande. Mas, associado ao meu apelido e ao bracelete com a bandeira de São Paulo que o Edgard usava, nos fez ser tachados de racistas.”
Segundo Scandurra, em entrevista pra essa mesma revista: “Meu bairrismo dizia respeito ao meu bairro Vila Mariana. “Gente feia” eram as pessoas que infernizavam meu mundo pequeno de estudante. “Ignorantes” eram os meus professores”. A fixação pela bandeira de São Paulo era inspirada na arte pop inglesa e também uma manifestação contra a hegemonia carioca no pop nacional de então.
Mas essa música fala de paulista e não vejo preconceito
na letra não..
pára pra pensar se hoje a música de verdade no brasil é
“Quero te dar” “Rebolation” “Vou não posso não minha..”
Você acha que essa canção d íra não iria passar despercebida?????
beijos ♥