O Super 8 acabou de começar e já na primeira rodada a equipe de São José dos Campos foi desclassificada por não ter um médico responsável designado para acompanhar a partida.
15h54 – Henrique, da Seleção Brasileira e do São José aguarda o inicio da partida que não aconteceu
Crédito da imagem: Rafael Silva
15h59 – 0 São José apresenta uma médica de última hora, mas acabou não adiantando
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As equipes chegaram a entrar em campo às 15h30, mas sem um médico designado pelo mandante, o árbitro acatou o que diz o regulamento: “O clube mandante deverá apresentar antes de cada partida um médico. Este médico deverá apresentar ao árbitro de mesa seu CRM. No caso da equipe mandante não apresentar o médico, o árbitro não iniciará o jogo e poderá decretar vitória a equipe visitante.”
16h05 – Na foto Pierre Paparemborde da ABR, os capitães das equipes e o árbitro negociam
Crédito da imagem: Rafael Silva
Foi o que aconteceu 38 minutos depois de muita negociação envolvendo as equipes, representantes da ABR e o árbitro.
16h08 – O momento que o árbitro cancela a partida e decreta o WO
Crédito da imagem: Rafael Silva
A coisa é muito séria para o atual campeão brasileiro.
De acordo com o regulamento do Super 8 divulgado dia 30/07, um WO impossibilita a equipe de pleitear a bolsa atleta do Ministério dos Esportes que pode ser requisitada pelo campeão e vice do Super 8.
Porque segundo o regulamento, “O clube que der um WO não poderá ser considerado Campeão, vice-campeão ou 3º colocado, mesmo que a sua pontuação a credencie à isso.”
Além disso, a equipe leva uma multa de R$2.100,00 que deve pagar no máximo em 30 dias segundo o Código Disciplinar vigente e acatado para esse Super 8, sob pena de parar toda participação do clube até a quitação do débito.
E a pior questão desse imbróglio, a equipe joseense vai ficar dois anos fora do Super 8: “O clube a quem for atribuído um WO, deverá pagar uma multa no valor de R$ 2.100,00 que será dividida entre as equipes participantes e receberá uma punição de 02 anos fora do Super 8.”
Resta saber se isso será cumprido, porque existe mais uma confusão na linha de frente para a ABR resolver.
Segundo um dirigente da FPR que pede para não ser identificado e o Presidente da Comissão Disciplinar, foi acordado entre as equipes participantes do Super 8 que os times que não apresentassem equipes juvenis não poderiam ser campeão. E mais, todos os jogos realizados por essas equipes seriam meros amistosos dentro do campeonato.
O Niterói não tem juvenil. Então como um WO em um amistoso vai ser encarado para eliminar por dois anos a equipe mais forte do Brasil? O atual campeão, São José.
O Rio Branco também não tem equipe juvenil, com isso são três equipes que não podem ser campeãs desde a primeira rodada.
Para um campeonato que custa mais de 11 mil reais por equipe por causa das caras e desgastantes viagens, o Super 8 passa a ser “Super Caro” ao ganhar a alcunha de “Super 5”.
O regulamento falho desse Super 8 vai criar muita polêmica e muito desserviço para o rúgbi do pais. A ABR começa a trilhar uma rota de tempestades, assim como aconteceu com a FPR no último Campeonato Paulista.
Anotem aí, muita água vai rolar ainda. Vamos ver se as decisões são tomadas as claras para o bem do rúgbi nacional.
Agora temos que aguardar a Comissão Disciplinar se pronunciar diante do acontecido em São José e confirmar se a informação que obriga os clubes a inscrever equipes juvenis sob pena de fazer uma participação simbólica no campeonato é verdadeira.
Essa matéria sobre a participação de São José, Rio Branco e Niterói nesse Super 8 foi enviada para o Presidente da Comissão e para o Presidente da ABR.
Vamos aguardar os desenrolar dos acontecimentos, mas vamos ficar de olho.
Vc é meu concorrente!!!!!!!!!