… alguns dizem que devemos dar tempo ao tempo …
… mas quem realmente tem tempo ?
… se não tomarmos tempo, como poderemos ter tempo ?
… entretanto, o tempo é meu …
… então devo doar tempo ?
… assim não terei tempo …
… então talvez não seja uma questão de tempo …
… talvez não precisemos de tempo …
… então tudo se resume a uma questão de escolha …
… a escolha se resume no que se pode e/ou não …
… logo se tudo posso e sempre que possivel querer é poder …
… com algumas excessões como ser um Jedi e usar a Força atuando ao lado de Harrison Ford …
… então podemos chegar a conclusão que sofremos limitações, não necessariamente significando que limite o que podemos ou não, mesmo que a carne, o osso e o sangue nos limitem entre o céu e a terra …
… então nos encontramos em uma espécie de prisão … a prisão de nossa própria mente, de nosso próprio “lar” …
… e o que nos prende, é exatamente o que nos liberta ?
… realmente o veneno seria cura ?
… eu creio que sim …
… por exemplo; o problema de estar vivo, é estar vivo …
… pois o vivo sente …
… sentir … viver … é quase como se fossem sinonimos …
… sentimentos e emoções … é isso que define a vida humana ?
… é isso que nos prende e isso que nos liberta …
… e é isso que nos define ?
… afinal quem é você ? quando você mostra seu verdadeiro eu ?
… longe de egos, alter-egos e ids …
… quando injetados com/ou privados de certas emoções, sensações, sentimentos …
… mudamos nossa persona … mudamos nossos próprios sentimentos, uma espécie de metamorfose, quimica …
… e é isso que nos guia, é isso que nos impulsiona ?
… não, isso apenas aponta qual é o propósito da vida … minha vida, sua vida, nossas vidas …
… afinal esse é o sentido …
… é o motivo, é a razão, o propósito …
… que nos impulsiona, nos guia, nos dirige, nos conecta, nos define …
… sem isso não haveria o “por que” existir …
… logo o tempo não é curto demais … ou longo demais …
… ele é relativo … mas devido a nós … as nossas escolhas, nossos sentimentos e ao nosso propósito …
… alguns dizem que devemos dar tempo ao tempo …
… mas quem realmente tem tempo ?
… se não tomarmos tempo, como poderemos ter tempo ?
… entretanto, o tempo é meu …
… então devo doar tempo ?
… assim não terei tempo …
… então talvez não seja uma questão de tempo …
… talvez não precisemos de tempo …
Olá, amigo!
Respondendo ao universo de sua reflexão me torno um grão de poeira cósmica vagando vagabundo na periferia do cósmos?
Mas… tempo e espaço são concepções da mente humana. Aquilo que pode significar um ano p/ mim, pode ser um segundo p/ outrem. Estou a milhares de Km de vc, mas há um “clic” de suas idéias – ao menos das que vc me permite conhecer.
Alguém a quem amei muito em um tempo em que eu era feliz e não sabia, me disse que “tempo é questão de opção”.
Posso não ter tempo p/ umas coisas, mas me sobra tempo p/ outras, dependendo do que me parece mais importante a ser priorizado.
Um dia, andando por ai com uma amiga, ouvi uma musica que foi sucesso quando eu vivia a paixão acima citada e eu disse: “essa é uma musica de um tempo em que eu era feliz e não sabia”, ao que ela disse: “Será que daqui há dez anos vc não ouvirá uma musica que é sucesso hoje e dirá ser uma musica de um tempo em que vc era feliz e não sabia?”
Penso nisso agora e me pergunto ante sua reflexão: “Quando será o tempo de sermos felizes e sabedores dessa felicidade?”
Devemos dar tempo ao tempo?
Mas quem realmente tem tempo?
E, se não tomarmos tempo, como poderemos ter tempo ?
Mas, o tempo é meu …
Então devo doar tempo?
Mas, se doar, assim não terei tempo …
Então talvez não seja uma questão de tempo …
Talvez não precisemos de tempo …
Enfim…
Oi.
Bom, falar sobre o tempo é algo tão subjetivo, pois o sentimos de várias formas e cada um tem a sua maneira em particular de encará-lo. No fundo, parei de lutar com ele, mas não nego que, às vezes, ele me perturba, mas prefiro tomá-lo como meu e tentar andar ao lado dele em vez de brigar com ele.
Outro dia estava ouvindo uma filósofa falando sobre o tempo e achei interessante, por isso, vou postar ela declamando o poema. Espero que goste.
—–
Quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele, sulcos na pele, sulcos? Quem tem olhos pra ver o tempo soprando sulcos na pele?
O tempo andou riscando meu rosto com uma navalha fina sem raiva nem rancor,
O tempo riscou meu rosto com calma.
Eu parei de lutar contra o tempo, ando exercendo instantes.
Eu acho que ganhei presença
Eu acho que a vida anda passando a mão em mim.
Eu acho que a vida anda passando a mão em mim.
Eu acho que a vida anda passando.
Eu acho que a vida anda passando.
Eu acho que a vida anda.
Em mim a vida anda.
Eu acho que há vida em mim.
A vida em mim anda passando.
Acho que há vida em mim.
Eu acho que a vida anda passando a mão em mim.
E por falar em se.xo quem anda me comendo é o tempo,
se bem que faz tempo,
mas eu escondia porque ele me pegava à força e por trás.
Um dia resolvi encará-lo de frente e disse:- tempo, se você tem que me comer que seja com o meu consentimento e me olhando nos olhos.
Acho que ganhei o tempo de lá pra cá e ele tem sido bom comigo.
Dizem até que ando remoçando.
Poema da filósofa Viviane Mosé.
Beijins
hɛll0w33и…
Sua reflexão está excelente e cíclica, perguntando e respondendo a si mesma, remetendo imediatamente à ideia essencial, básica, primordial e natural de tempo (até pela disposição do texto, muito legal!) Ficando impossível determinar o início ou o fim. …Dia, noite, luz seguida de escuridão, e lá vem o dia e depois a noite… Primavera, verão, outono, inverno e reflorescimento, auge, queda, hibernação… Descoberta, despedida, encontro, adeus, reencontro, despedida … Sábio é esse tempo que a natureza nos apresenta com tanta perfeição. O homem, tenta em vão aprisionar o tempo nos ponteiros de um relógio… Em seu falso poder, em sua necessidade racional “irracional” de controlar, não percebe que o tempo não é linear, ele não está passando por nós, nunca será possível agarrá-lo: nós é quem estamos passando por ele. E ele apenas nos deixa livres (em sua prisão?): a única coisa que podemos de certa forma definir é o que faremos com a nossa passagem… Cabe somente a nós retardar ou apressar o nosso próprio ritimo: pessoal, intransferível e relativo. Toda uma vida pode ser insuficiente e um simples dia a mais uma eternidade… O tempo não é longo e nem curto demais… O tempo não é culpado, nem tampouco impedimento, razão ou solução… Talvez não precisemos do tempo que tanto reinvidicamos, mas da emoção, do ímpeto e dos sentimentos que nos apontarão propósitos… A questão não é de tempo, essa questão está longe de ser simplesmente uma questão sobre o tempo. Mas sim sobre o que nos permitimos sentir e consequentemente viver além da existência. Clamamos por tempo, endeusamos o tempo, responsabilizamos o tempo… E esquecemos de nos dar o próprio passe da permissão… Da prisão que liberta, na liberdade que aprisiona… No ciclo contínuo e infinito. Onde é impossível determinar onde tudo começa ou termina …
Beijos e abraços… E mais beijos e abraços…